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Prejuízo agrícola soma mais de R$ 65 milhões com cheias

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O balanço das perdas ocasionadas pelas cheias deste ano culminou com prejuízos para diversos setores do agronegócio no Amazonas. A agricultura acumula perdas que contabilizam cerca de R$ 65 milhões. Os dados são do último relatório emitido no pelo Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas). A cultura mais afetada foi a banana com perda de R$33.639.650,00, seguida da macaxeira R$ R$ 12.406.725,00 e mandioca (farinha) R$ 8.776.893,33.   

De acordo com os dados do Instituto, mais de 2.500  famílias de agricultores foram atingidas. As regiões mais afetadas são a do Rio Madeira, Manacapuru, Careiro da Várzea e entorno de Manaus.

O diagnóstico das cheias também impactou a pecuária. De acordo com o presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas) Muni Lourenço, apesar da vazante já ter começado, ela ainda não permitiu o retorno dos rebanhos para área de várzea o espaço está com uma lotação excessiva e o gado sente falta de pastagem. 

Para minimizar as perdas, o presidente da Federação disse que representantes de órgãos do setor primário já estão em tratativas com o apoio do governo e da Assembleia Legislativa do Estado, para tratar do fornecimento de milho e derivados de soja via Terminal Graneleiro de Itacoatiara. “Estamos pedindo a ampliação  para suprir a alimentação dos rebanhos que estão sofrendo com a subida das águas. O acesso dos produtores rurais do Estado a insumos como a casquinha de soja, milho e farelo de soja”.

De acordo com o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Idam, engenheiro agrônomo, José Milton, com relação à perda de animais o prejuízo foi pouco significativo, o que ocorre é o transporte, principalmente, de bovinos para áreas de terra firme e esse transporte implica em perdas financeiras uma vez que é necessário pagar balsas para transportá-los.  Já os pequenos animais como suínos e aves o que acontece é o abate ou o transporte para trechos não alagados.

Culturas como o maracujá, milho, hortaliças e o cacau também registraram perdas significativas. Esse levantamento é uma estimativa das unidades locais do Idam realizado junto aos agricultores assistidos dos municípios do Estado.

Conforme o gerente de Apoio à Organização de Produtores Rurais do Idam, Lázaro Reis, o governo do Amazonas através da Defesa Civil está colaborando desde a prevenção e durante a enchente com fornecimento de água potável e doações de mosquiteiros, colchões, cestas básicas, entre outros itens essenciais para que as famílias possam retornar e se instalarem em suas moradias.    

Segundo Lázaro, o Idam está incentivando os agricultores a plantarem em áreas de várzea alta e terra firme, inclusive utilizando a mecanização agrícola. “A ideia é incentivar principalmente os produtores de banana do rio Madeira, onde houve maiores perdas, mas também as outras atividades típicas de várzea. Além disso, deverá ocorrer distribuição de sementes de grãos e hortaliças, que irá ajudar os agricultores nas culturas que serão implantadas”, explicou.      

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Idam, engenheiro agrônomo, José Milton Barbosa, acrescentou que a Instituição está providenciando condições de logística como combustível para veículos terrestres e fluviais, bem como recursos financeiros para os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural. “Vamos dar todo suporte para que os extensionistas no campo possam desenvolver plenamente as ações de apoio aos agricultores familiares em áreas de várzea”, destacou.

Números

De acordo com números de porto de Manaus o nível do rio Negro registrou em junho 29, 42 metros. Ontem o nível estava em 29,29 metros, números que já demonstram a descida das águas. Nos municípios já é possível observar também o declínio. Em Manacapuru, por exemplo, o rio baixou cerca de 15 centímetros. 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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