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Prefeitura vai fazer obras viárias e ambientais com recursos do CAF

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A Prefeitura de Manaus espera assinar até o dia 15 de setembro empréstimo no valor de US$ 75 milhões com a CAF (Corporação Andina de Fomento). O financiamento autorizado na última quarta-feira pelo Senado, será aplicado em obras de infra-estrutura viária e ambiental como construções de viadutos e recuperação do igarapé do Mindu.
A verba destina-se ainda à urbanização da área onde será construído o Distrito Industrial de Micro e Pequenas (Dimicro), no ramal do Brasileirinho, zona leste, e à consolidação da Feira de Exposição Indígena Pukaá – Mãos da Mata.

Valor total

O financiamento da CAF é dirigido às obras do Programa de Infra-estrutura Urbana e Ambiental do Município de Manaus, no âmbito do Pram (Programa de Apoio aos governos municipais). O valor total do contrato é de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 260 milhões), sendo U$ 75 milhões oriundos da CAF e U$ 75 milhões de contrapartida da prefeitura.
“Precisávamos que o empréstimo fosse avalizado. Agora vamos fazer os ajustes no projeto para que logo depois de feriado de 7 de Setembro o contrato possa ser assinado”, disse nesta quinta-feira, 28, o secretário especial Miguel Capobiango, que acompanha o projeto.
Para Capobiango, as obras vão passar por processo de licitação com a expectativa de que algumas delas sejam iniciadas ainda este ano.

Repasse acontece em três anos

A prefeitura deve receber a primeira parcela do empréstimo, no valor de R$ 27 milhões, assim que o contrato for assinado. Os recursos da CAF serão repassados no prazo de três anos, mas eles chegarão às contas do município à medida que prefeitura for executando as obras. A carência do município para começar a pagar será até 2012 e o município terá até 2024 para quitar o empréstimo, em 24 parcelas semestrais.

Instituição financeira

A CAF é uma instituição financeira multilateral com sede em Caracas, na Venezuela, que apóia o desenvolvimento sustentável e a integração regional dos acionistas, países da CAN (Comunidade Andina de Nações).
Essa comunidade é formada pelos países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Argentina, Costa Rica, Chile, Espanha, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Uruguai além de 22 bancos privados da região.

Diversidade de obras

Para dar mais fluidez ao trânsito, o empréstimo da CAF (Corporação Andina de Fomento), via CEF (Caixa Econômica Federal) será usado na conclusão do viaduto da Bola do Coroado, zona leste, e em outras três intervenções viárias na avenida Umberto Calderaro (antiga rua Paraíba).
O complexo viário da Paraíba, no valor de R$ 30 milhões, será formado por duas passagens de nível interligando a via à rua Natal e a própria Paraíba à avenida André Araújo, além de um viaduto que ligará a Paraíba à rua Belo Horizonte. 
Até o fim do ano, as alças superiores do Viaduto do Coroado devem ser entregues. Elas ligarão a avenida Ephigênio Salles à Alameda Cosme Ferreira, zona leste, e à avenida Rodrigo Otávio, zona sul.
A recuperação ambiental do Igarapé do Mindu, que corta toda a cidade, também está prevista no Programa de Infra-estrutura Urbana e Ambiental de Manaus. No curso d’água, que nasce no bairro Cidade de Deus e se estende até o São Raimundo,  serão realizados obras e serviços de engenharia para implantação de vigilância e monitoramento da nascente do igarapé e a implantação do corredor ecológico, incluindo a retirada de cerca de 900 casas, na orla do igarapé no trecho do bairro do São Jorge. O projeto prevê ainda a construção de ciclovia no entorno de todo o igarapé, sendo 17 quilômetros de cada lado.
 
Distrito industrial

Outro projeto que será implementado com os recursos da CAF é o Dimicro (Distrito Industrial de Micro e Pequenas), no qual serão atendidas inicialmente 28 micro e pequenas empresas que prestam serviço às indústrias do Pólo Industrial de Manaus. Os recurso, no valor de R$ 10 milhões, serão utilizados em obras de infra-estrutura como pavimentação de vias, saneamento e colocação de energia elétrica para que os galpões possam ser instalados.
De acordo com Miguel Capobiango, parte das obras de infra-estrutra já foi iniciada com recursos da Semdel (Secretaria de Desenvolvimento Local), secretaria que gerencia o projeto.
As micro e pequenas empresas irão atender no primeiro momento às indústrias dos segmentos metalúrgico (metal-mecânico), plástico, galvanoplastia e tratamento de superfícies. O primeiro grupo a se instalar será o de metalurgia.
O Dimicro será construído em uma área de 16 hectares localizada no ramal do Brasileirinho, comunidade João Paulo, doada pela Suframa (Superintência da Zona Franca de Manaus). Ao todo, o projeto deve gerar cerca de 350 empregos diretos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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