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Preços dos imóveis de Manaus crescem em setembro

O metro quadrado dos imóveis de Manaus emendou uma sexta rodada mensal de elevação nos preços médios, na passagem de agosto para setembro, mas voltou a desacelerar. A variação foi positiva em 0,48%, elevando o valor de R$ 5.491 para de R$ 5.517 para, em um movimento mais suave do que o do mês anterior (+0,77%), e desta vez mais próximo do registrado pela média brasileira (+0,43%). Os dados são do Índice FipeZap, estudo mensal da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) que acompanha as flutuações do mercado imobiliário de 50 cidades brasileiras.  

Na média nacional, o Índice FipeZap de setembro (+0,43) também desacelerou ante agosto (+0,50%), ficando mais longe do recorde de julho (+0,64%). Também ficou aquém do IPCA aguardado pelo mercado financeiro para o mesmo mês (+1,14%), conforme dados da pesquisa Focus/BC. Em nove meses, os respectivos percentuais foram +3,79% e +6,88%. O dado anualizado do indicador também apresentou alta nominal média significativa para os imóveis em todo o país (+5,17%) e igualmente abaixo da inflação oficial (+10,22%).

O aumento mensal fez Manaus empatar com Brasília (+0,48%) e cair da sétima para a décima colocação do ranking das 16 capitais analisadas pelo indicador – que tomou como base 1.440 anúncios imobiliários locais. Vitória (+2,41%) seguiu em primeiro lugar, seguida por Campo Grande (+1,71%), Florianópolis (+1,38%), Maceió (+1,32%), Goiânia (+1,28%), Curitiba (+0,90%), João Pessoa (+0,78%), Fortaleza (+0,58%) e Porto Alegre (+0,56%). Belo Horizonte (+0,38%), Recife (+0,33%), São Paulo e Rio de Janeiro (ambos com +0,20%) tiveram altas inferiores à da capital amazonense. Já Salvador (+0,20%) quebrou uma sequência de dois meses negativos para pontuar estabilidade. 

No acumulado do ano, Manaus (+8,11%) se segurou na sexta posição, com mais do que o dobro do número brasileiro (+3,79%). Vitória (+15,86%) ainda lidera a lista, enquanto Maceió (+12,35%), Florianópolis (+11,33%), Curitiba (+10,89%) e Goiânia (+9,67%) também aparecem à frente da capital amazonense. Abaixo desse patamar estão Brasília (+6,22%), João Pessoa (+5,62%), Porto Alegre (+5,02%), São Paulo (+3,20%), Fortaleza (+3,11%), Campo Grande (+2,90%), Recife (+2,75%), Rio de Janeiro (+1,67%), Belo Horizonte (+1,54%) e Salvador (+1,46%), em uma lista sem retrações. 

Na variação de 12 meses, a capital amazonense (+13,71%) também se manteve na quarta colocação entre as capitais brasileira e corresponde a quase o triplo do dado nacional (+5,17%). Foi superada apenas por Vitória (+20,39%), Maceió (+16,30%) e Curitiba (+13,95%). Nas posições seguintes estão Florianópolis (+13,37%), Goiânia (+12,55%), João Pessoa (+8,60%), Brasília (+7,52%), Recife (+6,36%), Porto Alegre (+6,22%), Fortaleza (+5,82%), Campo Grande (+4,83%), São Paulo (+4,17%), Salvador (+2,98%), Rio de Janeiro (2,66%) e Belo Horizonte (+1,84%).

Bairros em alta

Tradicional líder do ranking do metro quadrado mais caro de Manaus, o Adrianópolis (R$ 6.269), na zona Centro-Sul, perdeu o posto para o bairro Ponta Negra (R$ 6.285) – na zona Oeste. Aleixo (R$ 5.963), Nossa Senhora das Graças (R$ 5.526) – ambos na zona Centro-Sul – e Dom Pedro (R$ 5.481) – na zona Centro-Oeste – se mantiveram na terceira, quarta e quinta colocações, na ordem. Apenas Adrianópolis e Nossa Senhora das Graças perderam valor ante agosto. Em 12 meses, as respectivas variações foram -1,2%, +17,4%, +22,7%, +5,9% e +20,3%.

No sexto lugar ainda está a Compensa (R$ 4.810) – na zona Oeste –, com variação ligeiramente negativa (-0,08%) frente agosto e aumento anual de 36,6%. Foi seguida novamente por Parque 10 de Novembro (R$ 4.720) e Flores (R$ 4.420) – os dois na zona Centro-Sul, com incrementos anuais de 8% e 20,3%. Centro (R$ 4.009) – na zona Sul – e Chapada (R$ 3.644) – na zona Centro-Sul vieram na sequência, com variações respectivas de +1,6% e de -14,6%, em 12 meses, e recuos na comparação com agosto de 2021.

A despeito da nova alta, o preço médio do metro quadrado de Manaus (R$ 5.517) está 28,98% aquém do valor da média nacional (R$ 7.768), com preço próximo a cidades médias do Sudeste, a exemplo de Campinas (R$ 5.463), Santos (R$ 5.379) e Vila Velha (R$ 5.624). Segue em 12º lugar entre as 16 capitais brasileiras listadas pelo FipeZap, à frente de Salvador (R$ 5.325), Goiânia (R$ 4.933), João Pessoa (R$ 4.766) e Campo Grande (R$ 4.436), e logo atrás de Maceió (R$ 5.945). Os valores mais elevados estão em São Paulo (R$ 9.622), Rio de Janeiro (R$ 9.604) e Brasília (R$ 8.544). 

Insumos e combustíveis

O diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas), Henrique Medina, ressaltou que o novo aumento do metro quadrado de Manaus está “alinhado com o resto do Brasil” e bem abaixo da valorização registrada em outras cidades brasileiras. O dirigente considera que a capital amazonense vem estabilizando seus preços e explica que os aumentos dos últimos meses se deram em virtude dos lançamentos de novos empreendimentos, que adotaram novos custos de produção e novos preços de venda.

“Acreditamos que estamos chegando a um equilíbrio nesses preços, visto que alguns insumos de construção, como o aço, já começam a estabilizar seus custos. Temos que ver isso ainda com muita cautela. O aumento dos combustíveis e do dólar preocupam muito o setor, porque podem induzir novos aumentos nos valores. Nós, do Amazonas, sofremos um pouco mais com a inflação dos combustíveis porque a grande maioria dos insumos que vem para nossa região chegam por modal rodoviário, assim como por transporte marítimo ou fluvial, que aumentaram sobremaneira”, encerrou. 

Foto/Destaque: Divulgação

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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