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Preço do feijão na capital só deve baixar em maio

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Acompanhando a safra do centro-sul do país, o preço do feijão em Manaus deve cair entre maio e junho deste ano, após registrar forte alta em 2007. O fato é que, conforme a Conab-AM, a produção no Amazonas não é suficiente para atender o consumo local. Por esse motivo, o comércio da cidade precisa comprar o grão de outros Estados do país, que têm a primeira colheita do ano no período entre fevereiro e março.

Os problemas climáticos foram outros fatores que prejudicaram a 1ª safra (agosto/outubro), influenciando o custo do produto.

O presidente do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas), Edson Barcelos, explicou que o feijão consumido em Manaus tem como principal origem Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia. “Caso haja uma boa produção nestes Estados em 2008, a tendência é que ocorra o preço do feijão caia”, explicou.

No ano anterior, o valor do quilo do grão que era comercializado a R$ 2,20 chegou até R$ 4,00, registrando acréscimo de 81,82%.

Conforme o dirigente, a oscilação prova que os produtores nacionais não possuem estoque regulador. Além disso, é comum entre os agricultores a prática de substituição de plantio de culturas, variando de acordo com a rentabilidade e os fatores climáticos. “Os produtores ficam em uma espécie de gangorra, mudando com freqüência a produção”, comentou Barcelos.

O superintendente regional da Conab-AM (Companhia Nacional de Abastecimento do Amazonas), Thomaz Meirelles, confirmou que o preço do feijão subiu em determinadas épo­cas do ano porque a produção local não é suficiente para atender a demanda.

“O custo do feijão no Amazonas acompanha as safras dos Estados produtores que compensam o consumo local”, explicou Meirelles. Ou seja, a desestabilidade no preço ocorre quando não há grande oferta do produto no Paraná, Rondônia e Pará, que também atendem o comércio amazonense.

Produção no AM é baixa

No ano passado, a produção de feijão no Amazonas atingiu 6.000 toneladas. O índice foi o mais baixo comparado aos resultados obtidos por outros quatro Estados da região Norte. O Pará registrou produção de 67,5 mil toneladas de feijão e Rondônia de 41,2. Já as colheitas de Tocantins e Acre totalizaram em 2007 a 11,9 e 8,2 mil toneladas, respectivamente.

Em 2008, a projeção é que a safra alcance 6,5 mil toneladas. Segundo Meirelles, o incremento é esperado devido à intensificação de assistência técnica para a agricultura amazonense, abragendo os 62 municípios e à política de distribuição de sementes por meio do Programa Zona Franca Verde, do governo estadual. “Também esperamos que o clima seja mais favorável neste ano”, disse.

Segundo o presidente do Idam, a estimativa é que o consumo no Amazonas atinja cerca de 40 mil toneladas em 2008. “O índice corresponde a pouco mais de 16,25% da produção regional”, informou.

Os municípios produtores de feijão no Estado são Lábrea, Parintins, Apuí, Coari, Envira e Tefé. Todas as cidades produzem o chamado “feijão de praia”. A exceção é Apuí que planta o “carioquinha”, tipo mais consumido no Amazonas. O município de Lábrea é o maior produto de feijão do Estado do Amazonas.

De acordo com Edson Barcelos, a plantação do grão será intensificada na várzea do Purus. “Esta região tem garantido bons resultados, além disso, lá a comunidade possui grande identidade agrícola”. O dirigente explicou que hoje o principal problema da agricultura do Estado é a ocorrência de chuvas e pragas.

A produção nacional de feijão em 2007 foi de 3,3 milhões de toneladas. Já o consumo no ano passado atingiu 3,3 mil toneladas. Para 2008, está previsto uma queda no índice de produção do grão com projeção de 3,2 milhões. A perspectiva para o consumo brasileiro é de 3,4 milhões de toneladas neste ano, segundo o superintendente da Conab/AM.

O motivo do acréscimo do preço foi a opção dos agricultores pelo cultivo de culturas mais rentáveis e de menor risco como o milho e a soja, diminuindo a área plantada 4,

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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