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Preço de combustíveis sofrerá reajustes, diz Petrobras

A Petrobras anunciou nesta segunda (8) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, com vigência a partir desta terça (9). A gasolina vendida pelas refinarias da estatal subirá 8,8%. Já o diesel terá aumento de 5,5%.

É o sexto reajuste da gasolina e o quinto do diesel em 2021, com altas acumuladas de 53% e 40%, respectivamente.

Com impactos em sua imagem e risco de paralisação dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu nas últimas semanas subir o tom contra a política de preços da Petrobras, em processo que culminou com a demissão, no dia 19 de fevereiro, do presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Segundo a Petrobras, a partir desta terça o litro da gasolina em suas refinarias passará a custar, em média, R$ 2,84, ou R$ 0,23 a mais do que o valor vigente até esta segunda. O diesel será vendido por R$ 2,86 por litro, alta de R$ 0,15.

A alta no preço do diesel equivale a metade do ganho que seria obtido com a isenção de impostos federais implantada por Bolsonaro na semana passada para tentar acalmar os caminhoneiros. Na quinta (4), o jornal Folha de S.Paulo mostrou que, mesmo após a isenção, o preço do combustível permaneceu em alta nos postos.

Bolsonaro já havia sinalizado com a possibilidade de novos reajustes, ao comentar, na semana passada, que o preço do petróleo deveria continuar em alta.

“Pode ser que tenhamos uma alta do petróleo nas próximas semanas, o que complica para a gente. Isso reforça o nosso interesse em efetivamente mudar o presidente da Petrobras, porque queremos… Não interferir, como nunca interferimos, isso nunca existiu”, afirmou, após visita à residência do embaixador do Kuait no Brasil.

A política de preços da Petrobras segue um conceito conhecido como paridade de importação, que calcula quanto custaria vender combustíveis importados no mercado interno. O cálculo considera as cotações internacionais, a taxa de câmbio e os custos de importação.

As cotações internacionais vêm em recuperação desde o segundo semestre de 2020, após o período mais duro da pandemia. Este ano, dispararam com as perspectivas de retomada econômica após o início da vacinação.

Já a taxa de câmbio também segue pressionada pelo risco fiscal e pelos juros baixos.

Bolsonaro diz que não tem interesse em intervir na política, mas justificou a substituição de Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna dizendo que a empresa também precisa ter papel social. A troca no comando derrubou as ações da estatal e levou a uma debandada inédita em seu conselho de administração.

Em nota, a empresa diz que “os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”.

A companhia defende ainda que o alinhamento dos preços ao mercado internacional “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras”.

Na semana passada, Bolsonaro anunciou isenção de impostos federais sobre o diesel como parte de um esforço para conter a escalada e acalmar os caminhoneiros. Nos primeiros dias após a isenção, porém, o preço final subiu nos postos.

Fonte: Folhapress
Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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