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Preço das massas fica inalterado mesmo com alta de 52,23% do trigo

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A alta de 52,23% na saca do trigo, que saltou para R$ 102 em abril, contra R$ 67 no mês de fevereiro, não vai recair no preço do pão francês.
O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitarias do Estado do Amazonas, Carlos Conde, disse que apesar dos constantes aumentos no preço do trigo e a recente crise nas importações da matéria-prima que o Brasil vem enfrentando, os panificadores do Amazonas deverão manter o preço do pão francês estabilizado, e não têm interesse em elevar o preço do pãozinho já que o derivado do trigo tem peso importante no orçamento familiar do amazonense.
A recente crise que o país enfrenta com a suspensão da exportação do trigo argentino, resultará no aumento de preço dos insumos e poderá levar as empresas do setor de massas a realinhar o custo dos seus produtos no início próximo mês. “No momento não haverá reajuste nos preços desses produtos, mas os aumentos serão inevitáveis se a suspensão continuar. Estima-se que haverá reajuste de 10% a 12% nos preços destes produtos somente na primeira semana de maio”, afirmou o presidente do Sindicato das Indústrias de Massas e Biscoitos do Estado do Amazonas, Américo Augusto Esteves.
A Secretaria de Agricultura da Argentina suspendeu os registros de exportações de trigo em grão e farinha do país na última quarta-feira. O impacto da medida argentina será o aumento de custos para a indústria e consequentemente, novos aumentos ao consumidor, avaliou o Supervisor Comercial do Moinho Cruzeiro do Sul, Edmilson Lobato.
A interrupção complica a situação da indústria brasileira, que tem em estoque confortável da matéria-prima. Caso a suspensão persista , as indústrias brasileiras serão obrigadas a comprar o trigo dos Estados Unidos e do Canadá, onde o preço da tonelada gira em torno de US$ 460 e o valor do frete encarece o produto, explicou Lobato.
A produção brasileira de trigo é insuficiente para atender à demanda, fato que coloca o país como um dos maiores importadores de trigo do mundo. “O Amazonas será afetado diretamente com a suspensão na exportação de trigo, e a situação demonstra fragilidade do mercado interno diante dos produtores internacionais, já que não produzimos matéria-prima para atender o nosso próprio consumo”, declarou o superintendente da Conab-AM (Companhia Nacional de Abastecimento do Amazonas), Thomaz Meirelles.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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