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Pré-campanha eleitoral avança na internet

Pré-campanha eleitoral avança na internet

Iniciou oficialmente a campanha eleitoral 2020 para os cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros. O start para o planejamento das campanhas pela internet ganha força e sinaliza uma tendência cada vez maior. Nos últimos anos, o marketing eleitoral, focado nas campanhas dos candidatos na internet, tem assumido um papel de protagonista nas decisões de voto. 

De acordo com o consultor em marketing estratégico, político e eleitoral, Gabriel Araújo, em ano eleitoral é observado uma verdadeira corrida por votos, manter ou adquirir um mandato é o objetivo principal dos candidatos. E investir em boa estratégia de campanha é crucial. 

A principal função do marketing eleitoral é usar estratégias para criar um relacionamento do candidato com seu eleitor com o objetivo central de garantir a vitória nas eleições. A demanda por este tipo de ação vem crescendo ano a ano.

Em primeiro lugar, ele destaca que é importante pensar que um candidato não é diferente de um produto e o eleitor de um cliente. O objetivo do marketing e criar um relacionamento entre o cliente e a marca e/ou produto. Para isso acontecer desenvolvemos estratégias que possibilitem isso. “Não é diferente numa campanha eleitoral, temos que mostrar ao público que respectivo candidato é de fato a melhor escolha para o cargo pretendido”.

Ele reforça que quando se faz uma campanha sem planejamento estratégico sem uso de informação (pesquisas) ou de ações eficazes o resultado é aquela famosa derrota de goleada nas urnas e o candidato surpreso dizendo “mas só tivemos isso de voto”.

O especialista enfatiza sobre as mudanças nas estratégias de campanha ano a ano. “Antes tudo se baseava em santinhos espalhados, comícios com bandas ao vivo, carretas. Hoje, muita coisa mudou. Primeiro no tocante ao que regulamenta uma campanha. Muitas regras foram colocadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A fiscalização ao uso do dinheiro, os gastos  em campanha aumentaram, além de muitas ações que  passaram a ser proibidas”. 

Mas as mudanças também atingiram o eleitor. Como ele menciona, o eleitorado não aceita mais qualquer falácia, discursos vazios falta de propostas. Ele está bem mais informado sobre os problemas na sociedade, a exemplo, a corrupção e outras situações em que o candidato possa estar envolvido.

Conforme Gabriel, os sinais de mudança mais profunda é atribuído a com a chegada da era digital. “As campanhas são feitas em grande parte na internet. É uma guerra de conteúdo onde o candidato mais presente nas plataformas digitais, com maior engajamento, sai na frente”. 

Ele usa como exemplo de case de sucesso, a estratégia de campanha do presidente Jair Bolsonaro, que apostou nas redes sociais e teve a internet como aliada e grande responsável pela sua vitória nas eleições.

Diferença entre o marketing político e eleitoral

O marketing eleitoral é usado nas campanhas focado em ganhar as eleições. O marketing político é depois de eleito, quando se faz um trabalho de divulgação das atividades executadas pelo político no exercício do seu mandato “eu enfatizo, inclusive, que se gasta uma energia tão grande na campanha que acabam esquecendo de trabalhar o marketing pessoal e político, após ganhar eleições. Com isso, o povo diz que o político some por quatro anos e só aparece nas eleições. Daria menos trabalho nas campanhas se cada político não se afastasse do seu eleitor durante o mandato”, enfatizou. 

Os erros mais comuns cometidos pelos candidatos neste período

A mensagem

A boa comunicação com seu eleitor é crucial para o sucesso de uma campanha. Para isso é necessário lembrar que o eleitor não quer discursos bonitos e vazios, ele busca candidatos que saibam falar a língua do povo e sobretudo com a verdade presente. A mensagem é o que o candidato tem de mais valioso para levar ao público em cada oportunidade que tiver, seja nas redes sociais, reuniões, propaganda eleitoral ou debates. 

O exemplo

Não importa ter o melhor discurso, com toda estrutura montada, se o comportamento do candidato não condiz com sua mensagem.

Três temas comuns e que geram apoio da massa

Não dá pra se dizer apoiador do casamento e da família se o candidato é solteiro e sem filhos, não dá pra lutar pela causa LGBTQI + se o candidato é notadamente um homofóbico comportamental. 

Não dá para de dizer que luta contra corrupção se já foi acusado, ou aparece sempre apoiando e sendo apoiado por figuras investigadas pela prática de atividades ilícitas.

Em linhas gerais não se trata do que o candidato fala, mas do que ele faz.

A proposta

Ter e apresentar propostas coerentes inteligentes e principalmente possíveis de aplicar é a base do sucesso de um candidato em sua campanha. O eleitor que está cada vez mais bem informado, e não quer um candidato “raso” sem o menor preparo ou entendimento de questões políticas e econômicas da região. 

Gabriel Araújo, é consultor em marketing estratégico, político e eleitoral.  

Contato (92) 98202-1401

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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