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Pólo relojoeiro pretende faturar US$ 320.89 mi

A forte tendência para uma elevação calculada entre 10% e 15% no índice de crescimento da produção no pólo relojoeiro, este ano, pode levar o setor ao faturamento de US$ 320.89 milhões, o maior da década. Os dados, divulgados pela direção do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), apontam para o crescimento de pelo menos 20% sobre o faturamento de US$ 267.41 milhões observados em 2007.
O presidente da entidade, Maurício Loureiro, ressaltou, entretanto, que a parcela de aumento na receita do pólo relojoeiro só será possível se as indústrias locais mantiverem a média calculada pelo Cieam para a produção fabril do setor este ano, calculada entre 10% a 15% em unidades físicas. No ano passado, segundo o executivo, as empresas já haviam acenado para o incremento 12% maior em relação a 2006 na produção industrial como resposta para o bom momento da economia em nível nacional.
“Os dois primeiros meses deste ano já revelaram a tendência à recuperação nos níveis de produção, com o crescimento de janeiro encerrado em 15% e o estimado para fevereiro em 18% em relação ao período correspondente do ano passado. Então, na rea­lidade, estamos recuperando o mercado perdido anos atrás em função da pirataria, contrabando e subfaturamento”, asseverou.
Sobre a Medida Provisória nº 413 lançada no início do ano pelo governo federal, Loureiro explicou que sua importância é servir como alento para a recuperação de­finitiva do setor. As novas disposições sobre a aplicação do Imposto de Importação, disse o executivo, “vão tributar em R$ 10 todo e qualquer relógio que não for produzido no PIM, o que representa que o governo federal começa a ter maior controle no que diz respeito à produção acabada. O que vai ajudar as empresas locais a produzir mais, gerar mais emprego e vender mais”, ressaltou.
Além de Loureiro, outro que comemorou os índices de crescimento industrial no setor desempenho foi o gerente administrativo da Dumont Saab, Álvaro Régis, segundo o qual a expectativa da empresa para o mercado local, agora impactado pela ação da medida provisória, é fechar com um aumento de 10% no volume de relógios fabricados no PIM (Pólo Industrial de Manaus).
O gerente de produção da Brasciti, Kimio Ida, preferiu analisar o bom momento na produção de relógio com mais cautela, dizendo que o preço para as exportações ainda é muito alto. Embora não tenha divulgado números de investimento, o executivo disse que a empresa, cuja estimativa se volta para um faturamento 15% maior que o 2007, está reestruturando o espaço interno destinado às linhas de montagem a fim de receber novos equipamentos e receber mão-de-obra especializada. “Nossos investimentos são para médio ou longo prazo, momento no qual o Brasil terá uma melhor posição de destaque”, disse.

Economista aposta na recuperação do setor

O segmento relojoeiro, na opinião do economista Sérgio Barreto, parece de fato recuperar-se de um longo processo letárgico da última década, quando a produção nacional ficou reduzida a um terço. “Há dez anos, a produção anual na região era de aproximadamente 15 milhões de peças por ano. Atualmente, esse volume gira em torno de 6 milhões de peças por ano”, analisou o especialista, acrescentando que o número de fabricantes, que esteve perto de 20, acompanhou essa redução exponencial, ficando reduzido à metade atuamente.
Em relação à MP 413, Barreto explicou que o Brasil, enquanto signatário do Tratado de Assunção, está incapacitado de estabelecer uma alíquota específica sobre a importação de alguma mercadoria, sem que os demais países do Mercosul também as apliquem. “Além disso o país é signatário do GATT (Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio), que estabelece, em seu artigo VII, que o valor aduaneiro será o valor real da mercadoria.
Esse artigo, posteriormente disciplinado pelo Acordo Sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio, veda completamente a possibilidade de alíquotas específicas ou qualquer outra tributação qu

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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