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Polo Digital deve gerar economia de R$ 40 bilhões

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Com 53 anos desde a sua fundação, a Superintendência da zona Franca de Manaus – Suframa tem, ao longo de sua existência gerado emprego e impulsionado a atividade econômica na Região. Com o fôlego de vida da autarquia garantido pelo menos até 2073, se intensifica a discussão entre empresários e entidades do setor de complementar e diversificar o modelo econômico.

Dentre as alternativas para isso, o Polo Digital de Manaus é uma saída já começa, aos poucos, a redesenhar o cenário, segundo especialistas. De acordo com o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico da Manaus – Codese, o polo digital deve gerar R$ 10 bilhões nos próximos anos e considerando um horizonte até 2038 a expectativa é de chegar por volta de R$ 40 bilhões.

Segundo o vice-presidente do Conselho, Euler Souza, a criação de startups, é a aposta do polo para geração de empregos por toda a cidade. 

"São empregos para desenvolvedores de software, designers, cientistas de dados, gerentes de projetos, especialistas em metodologia ágeis, entre outros. 2020 será o ano para construção do ambiente mais favorável para termos uma base firme a fim de ter startups e empresas de tecnologia surgindo e sendo desenvolvidas em Manaus, podendo render alguns milhões em faturamento", resumiu.

O mapeamento do ecossistema do Polo digital de Manaus mostrou que já existem mais de 100 Startups atuando em Manaus. Os segmentos são os mais diversos possíveis: logística, venda de produtos e serviços, beleza, indústria, entre outros. 

"Precisamos fortalecer nossa economia em outros segmentos, além do Polo Industrial de Manaus. E o Polo Digital de Manaus é uma proposta muito interessante que colabora com o desenvolvimento de uma matriz econômica importante, inserindo Manaus no contexto da Economia Digital, na qual figuram empresas que colaboram com as revoluções pelas quais temos passado em todo o planeta", concluiu Euler.

Atualmente o polo digital funciona como uma espécie de ecossistema de tecnologia da informação e da comunicação composto por institutos, startups, universidades, institutos públicos e privados, aceleradoras, incubadoras. Um desses atores que já atuam no chamado ecossistema digital em Manaus é o Instituto de Ciência e Tecnologia Sidia. Segundo a diretora do instituto, Vânia Capela, há uma tratativa para que seja implantada uma governança para o polo digital.

“Necessitamos disso para que possamos trabalhar de uma forma unida e coordenada para alavancar o ecossistema, para que nós possamos gerar mais negócios e de fato consolidar esse ecossistema como uma nova matriz econômica na cidade de Manaus”, disse.

Capela destacou ainda que o sistema de governança ajudaria no mapeamento desse ecossistema, à medida que novos empregos fossem gerados, por exemplo.

“Hoje ainda não conseguimos mapear a quantidade de pessoas que trabalham nesse ecossistema, então essa associação teria como objetivo mapear quantas pessoas o ecossistema emprega,  ter alguns indicadores de crescimento, e mapear a quantidade de negócios gerada, além de definir diretrizes e um planejamento estratégico de crescimento”, concluiu. 

Resultados

Em janeiro deste ano, a prefeitura anunciou a contratação de uma consultoria em cenários estratégicos. O contrato foi assinado pelo prefeito de Manaus, Artur Neto  e o empresário Cláudio Marinho, diretor da empresa Porto Marinho, responsável pelo Porto Digital, em Recife (PE). O objetivo é incentivar o empreendedorismo e desenvolvimento tecnológico.

A entrada da Feira do Polo Digital no calendário oficial manauara também demonstra novas iniciativas no segmento e no desenvolvimento do polo tecnológico. Na última edição, mais de 19 mil visitantes participaram do evento, que contou com mais de 50 expositores e 48 startups, prospectando  R$ 16 milhões negócios para a região.

Transformação digital com base amazônica

Crédito: Divulgação

“É um segmento com grande potencialidade na capital por conta da contrapartida das indústrias do PIM para o fomento de P&D. Sem dúvidas, os empreendedores do Polo Digital percebem uma oportunidade aí. A Suframa, no lançamento da Associação do Polo Digital de Manaus (APDM), anunciou investimentos em P&D de 800 milhões de reais para 2020. É muito dinheiro, comparativamente a todas as outas regiões do país, que se beneficiam da Lei de Informática. A transformação digital dos negócios em todos os setores exige uma ação focada nas oportunidades da Amazônia usando os recursos de P&D produzidos pela economia eletroeletrônica de enclave que vem sustentando o desenvolvimento da cidade de Manaus. Uma dessas oportunidades é uma exploração mais intensiva em tecnologias digital da bioeconomia, grande oportunidade amazônica nunca convenientemente explorada. O Porto Digital gerou 11 mil empregos e tem mais de 2 mil vagas abertas agora. A transformação digital de todos os setores da economia é irreversível. Manaus precisa se apressar, mas já começa muito bem com essas articulações." Cláudio Marinho, diretor da empresa de consultoria Porto Marinho Ltda., de Recife.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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