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Pólo de eletroeletrônicos deve manter estabilidade até fim do ano

As empresas de eletroeletrônicos instaladas no PIM (Pólo Industrial de Manaus) devem ficar mais cautelosas em relação à crise econômica internacional, para manterem a estabilidade da sua produção e atender à demanda dos equipamentos para o fim do ano. A orientação é do vice-presidente do Sinaees-AM (Sindicato das Indústria de Aparelhos Eletroeletrônicos e Similares no Amazonas), Celso Piacentini.
Para o executivo, as indústrias do segmento devem sofrer uma pequena retração de produção devido à instabilidade econômica. “Até o momento não há nada oficial, e não só as indústrias de eletroeletrônicos, mas todas as fábricas do DI (Distrito Industrial) devem enfrentar algum entrave para manter seu ritmo de produção” disse.
De acordo com a direção do sindicato, problemas com liquidez e a valorização do dólar em relação à moeda brasileira são as principais barreiras que as empresas locais devem enfrentar se a crise persistir.
“O crédito internacional deve ficar mais escasso e com alto custo, e a elevação dos spreads bancários (diferença entre o preço de compra(procura) e venda(oferta) da mesma ação, título ou transação monetária) devem causar dificuldades para as empresas”, pontuou Piacentini.
Os custos industriais cresceram, puxados pela valorização do dólar, já que praticamente todas as empresas da ZFM (Zona Franca de Manaus) importam componentes de outros países para a industrialização de seus equipamentos.
O vice-presidente do Sinaees observou ainda que as empresas fabricantes de aparelhos celulares devem ser as principais prejudicadas com o período econômico atual, em razão da grande quantidade de insumos importados para a produção dos telefones.
Já as indústrias responsáveis pela produção de televisores devem sentir menor impacto, por causa do índice de nacionalização do eletroeletrônico.
Dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) apontaram que o número de telefones celulares produzidos nos oito primeiros meses deste ano ultrapassou 15 milhões de unidades.
Em relação à mão-de-obra utilizada nas indústrias de eletroeletrônicos, a autarquia informou, por meio dos Indicadores de Desempenho das Empresas do PIM, que de janeiro a agosto deste ano 42.720 trabalhadores efetivos estavam em atividade, número que deve permanecer no mesmo nível segundo Celso Piacentini.

Admissões devem ser suspensas

“As empresas deverão manter o seu quadro de funcionários estável, o que deve ocorrer é a suspensão de contratações temporárias que sempre acontecem neste período do ano, uma vez que a sazonalidade dos eletroeletrônicos é positiva durante o último trimestre do ano”, pontuou o dirigente.
De acordo com dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), as indústrias do segmento de eletroeletrônicos obtiveram faturamento nos oito primeiros meses deste ano de US$ 8.8 bilhões, receita 22,13% maior se comparada ao mesmo período de 2007, quando as empresas faturam US$ 7.2 bilhões.

Conjuntura atual

Os números dos Indicadores de agosto ainda não refletem os resultados da crise financeira dos mercados internacionais, mas a Suframa acredita que a atual conjuntura econômica não deva comprometer o crescimento do PIM.
De acordo com o coordenador-geral de Estudos Econômicos e Empresariais da autarquia, José Alberto da Costa Machado, se por um lado, as oscilações do dólar encarecem a compra dos insumos, por outro, está fortalecendo a competitividade do produto final produzido no PIM.
Costa Machado destacou ainda que a média de nacionalização do que é produzido na ZFM é de 55% e apenas 45% dos insumos são importados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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