Aquele que ainda acredita na maré mansa profissional, parou no tempo. Mais: desconectou-se da pujante realidade que toma conta do mercado mundial. Quem aguarda os bons ventos de outrora, não vê, com a devida clareza, o próprio presente, nem o futuro. Se a esperança está depositada na brisa suave da acomodação, é melhor preparar-se para a inevitável tempestade das ações permanentes. A evolução não descansa. Logo, qualquer esboço de teimosia frente a tal movimento será penalizado com a frustração, o desânimo e o baixo ganho financeiro. Por outro lado, a recompensa será justa e altamente motivadora se houver empenho na escalada do progresso pessoal no trabalho. De que lado você quer ficar?
Há algum tempo, estudar, por exemplo, restringia-se à formação de nível médio. Com a crescente competitividade, no entanto, elevou-se a demanda ao patamar do nível universitário. A pós-graduação veio em seguida, qual um item de primeira necessidade. Ou seja, num curto espaço de tempo, impuseram-se graus de formação àquele que pretendeu crescer e conquistar cada objetivo traçado para a sua carreira. Hoje, porém, vê-se a corda muito mais esticada, levando a compreensão de que não há mais o teto médio de aprendizagem que permita ao homem apear do burro e colocá-lo na sombra. Encerrou-se esta era. Agora, o fluxo ininterrupto é a marca registrada da mentalidade daquele que pretende manter-se no páreo profissional.
O famoso e empobrecido “não sou pago para isso!” também perdeu a sua validade, haja vista a flexibilidade ter-se instalado de vez no reino das necessidades cotidianas. Fazer mais do que se espera já era bem vindo em épocas anteriores, agora, então, nem se fale. Ultrapassar barreiras e fugir à mediocridade tornou-se condição vital para a sobrevivência e o aperfeiçoamento.
Já ficou para trás, inclusive, os pálidos modelos de liderança que não alcançam o adequado acolhimento dos liderados, considerando-se a competência de identificar individualmente as motivações de cada um, as dificuldades de aprendizagem e mudança, os obstáculos dos processos de comunicação, as amarras que impedem o desenvolvimento da autonomia, e, notadamente, os medos e incompetências de cobrar e obter resultados mais significativos através do gerenciamento em razão da competitividade e produtividade tão vigorosamente requisitadas atualmente.
Pode tirar o “cavalo da chuva” quem tem o “burro na sombra”, pois daqui por diante o cerco se apertará, e resistirá habilmente quem se acostumar à continuidade da aprendizagem, ao uso da reflexão, à atitude empreendedora, à maturidade de se assumir a responsabilidade pessoal, à autoavaliação e correção dos erros cometidos, à incansável tarefa de se por à prova de romper limites e enxergar que é possível ir mais longe do que se imagina. Mas tais aspectos só se concretizam mediante a sua consciência e autorização particular. Você se permite?
Pode tirar o “cavalo da chuva” quem tem o “burro na sombra”
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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