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Podcast ‘Escangalha’ debate cenário musical do Amazonas

Hoje só não fica bem informado quem não quer. Além da imprensa tradicional, jornais, rádios e TVs, as redes sociais, e o podcast, meio de comunicação direta com o ouvinte, ainda pouco popular, apesar de já existir há 17 anos (desde 2004, mesmo ano de criação do Facebook), mas que vem ganhando cada vez mais podcasters e seguidores no país. O interessante do podcast, que funciona como uma rádio, é que o podcaster (a pessoa que coordena as conversas) pode decidir falar somente sobre determinado, ou determinados assuntos, e com isso atrair seguidores que se interessem pelos mesmos temas, abrindo assim um amplo campo de debates. E os áudios ficam disponíveis para se ouvir quando você quiser e puder. Ano passado o Spotify Brasil realizou uma pesquisa sobre o consumo de podcasts e descobriu que o Brasil é o segundo país, no mundo, na utilização desse meio de comunicação, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Foi de olho nessa nova forma de atrair um público específico que as amigas Raquel Omena, Iana Moral e Natty dos Anjos acabaram de criar o podcast ‘Escangalha’ que, de tão novo, teve sua segunda edição ontem, dia 25, quinta-feira. Semanal, a primeira edição do ‘Escangalha’ ocorreu no dia 18 passado.

Mas o que uniu as três amigas para criarem esse podcast? Raquel é empreendedora digital e criadora de conteúdos, Iana é veterinária e Natty, professora.

“A música nos uniu”, falou Raquel. “Eu sou baterista enquanto a Iana e a Natty são cantoras e compositoras”, completou.

O podcast foi idealizado por Dany Costa, empreendedora musical falecida recentemente. A ideia de Dany era gerar debates e discussões que fomentassem a cena musical local e pudesse auxiliar toda a cadeia produtiva da música, trazendo profissionais e artistas para apresentar seus trabalhos.

“Achei super importante esse tipo de iniciativa para aproximar e divulgar os diversos profissionais da nossa região”, disse Iana.     

Por que ‘Escangalha’?

Na primeira edição do ‘Escangalha’, as meninas falaram sobre as consequências da pandemia para a vida dos artistas caboclos, mas na edição de ontem elas debateram um assunto mais leve.

“Falamos sobre as parcerias musicais, mas ainda temos um roteiro bem extenso para ser explorado. Escolhemos nossas pautas pensando nisso: o que podemos debater que pode ajudar o músico ou a cena musical de Manaus? Pretendemos debater sobre produção de eventos, produção cultural e musical, dificuldades de ser músico no Amazonas, enfim queremos mostrar e dar visibilidade aos artistas maravilhosos que temos em nossa cidade, e que não deixam a desejar em nada quando comparados aos artistas nacionais”, afirmou Iana.

“Nesse momento não podemos fazer muita coisa, apenas utilizar os recursos que temos para dar voz, insights, contar experiências e tentar trazer informações que inspirem e motivem os músicos a continuar, e se manterem constantes. É importante que eles saibam que não estão sozinhos”, garantiu Natty.

E se o objetivo das garotas é difundir, de forma positiva, a cena musical manauara, por que o nome ‘Escangalha’, uma palavra bem utilizada por nós, barés, e que significa dar defeito em algum aparelho, parar de funcionar?

“Queríamos um nome característico da nossa região e que fosse meio caricato também, para que desse liberdade de falarmos sobre qualquer assunto de uma forma bem humorada. O intuito do podcast é ser divertido e por mais que cada uma de nós leve muito a sério não só o podcast, mas nossos trabalhos na área musical, estamos passando por um período de muitas notícias tristes, que têm afetado não só o psicológico, mas principalmente o emocional. Acho que ‘Escangalha’ traz essa liberdade. Para mim é uma pausa em tudo que tem acontecido, um brake para escangalhar um pouco as coisas”, explicou Raquel.

Qual público atingir?

Se preparando para a terceira edição do ‘Escangalha’, na quinta-feira, 4 de março, Raquel, Iana e Natty ainda acham cedo para dizer qual público conseguiram atingir até agora, mas sabem exatamente em quem estão mirando para obter mais e mais seguidores: músicos e amantes da música. O podcast foi pensado justamente para este segmento da arte, para quem a exerce, quem se interessa por música, e curiosos. Com a vivência de anos na área, as amigas conhecem muita gente envolvida diretamente com a música, além dos não necessariamente músicos, mas que, em algum momento, se envolvem com os artistas da música.

“O foco principal é encontrar pessoas dispostas a debater sobre a cena musical da cidade. O feedback que tenho recebido tem sido ótimo, muitas reações, palminhas e amei. Bem digital”, comemorou Iana.

E agora o ‘Escangalha’ integra o portal do Jornal do Commercio, como um atrativo a mais para os leitores do JC.

“Quando pensamos em Jornal do Commercio, vem logo aquela ideia de um jornal super sério, que há mais de um século é referência para empresários. Por isso foi impossível não aceitar o convite que nos foi feito. É uma oportunidade ótima para atrair novos públicos, envolver a sociedade e apresentar a mais pessoas a realidade dos músicos e profissionais do entretenimento da nossa cidade”, concluiu Natty.

O ‘Escangalha’ pode ser seguido todas as quintas-feiras, às 18h, nas plataformas Spotify, Anchor e Apple, além do Instagram @escanaglhapdc e do portal do JC, www.jcam.com.br.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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