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PMAM – Prefeitura começa a ouvir os camelôs

A Secretaria Extraordinária para Requalificação do Centro (Semex) deu, nos últimos dias, o primeiro passo rumo ao objetivo de resolver o problema dos camelôs da cidade. Com o objetivo de discutir alternativas economicamente viáveis, a médio e longo prazo, para a locomoção dos mesmos, visando à limpeza e organização do Centro de Manaus, representantes da nova secretaria reuniram algumas lideranças do setor no Centro da cidade.
A Semex está elaborando também um código de conduta junto a Semtrad (Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social) e o Implurb (Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano). Os camelôs que atenderem aos requisitos propostos no código, assim como os camelôs que apresentam um maior tempo de serviço, terão prioridade no realocamento. Rafael Assayag, titular da Semex explica que foi realizado um cadastro dos camelôs em 2005 e 2009 e através desses cadastros é possível identificar quem são os ‘camelôs históricos’ que terão a prioridade. Segundo o Sincovam (Sindicato de Comércio de Vendedores Ambulantes de Manaus) há um total de 2.134 camelôs sindicalizados. Porém as estimativas da Semex são de que mais de 5 mil atuem no Centro da cidade.
A questão dos ‘invasores’, como são chamados pelos outros camelôs, alias foi uma das principais queixas dos trabalhadores, segundo Assayag. Os camelôs se referem como invasores aos novatos que chegam ao local, tomam o espaço de trabalho dos mais antigos e não tem a atividade de camelô como profissão. Segundo Assayag, com o novo cadastramento a Semex buscará identificar quem são os estrangeiros e quais são as bancas dos grandes empresários que ocupam o lugar para vender seus produtos a preços mais baratos, mas não necessitam da atividade para sobrevivência. O titular da Semex busca também incentivar alguns camelôs para que retornem às atividades que ocupavam antes. “Buscaremos identificar também quem possui outra profissão, mas acabaram preferindo trabalhar como camelôs. Encontramos aqui até doutores, advogados, engenheiros, assim como manicures, padeiros. A ideia é tentar realocar essas pessoas ao seu mercado de trabalho, de onde não deveriam ter saído”, complementou Assayag.
O projeto que ainda está em fase de elaboração conta com a expertise de quase todas as secretárias. Essa união se dá devido a Copa do Mundo. O objetivo é que até a data de realização do evento esportivo, todo Centro da cidade esteja limpo. “O projeto visa ter as calçadas limpas, mas não pode ser realizado de forma que prejudique os camelôs, por isso a Secretaria está tendo certos cuidados” explicou Assayag. O titular da Semex, no entanto, ressalta que o projeto só pode avançar após a retirada das barracas das calçadas de Manaus e que realizará estudos juntos a secretaria para definir para onde os camelôs serão removidos.
Segundo a Semex, o objetivo da caminhada foi alcançado e foi possível iniciar um diálogo interessante com os camêlos para executar um trabalho que seja bom tanto para a prefeitura, quanto para o Centro e os camelôs, sem prejudicar suas atividades econômicas. A Secretaria informou que os camelôs estão dispostos a conhecer o projeto e estão muito receptíveis aos diálogos com o município.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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