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Plataforma desmistifica a dificuldade de lidar com matemática

Quem não gosta de matemática? Com certeza a maioria dos alunos de uma sala de aula vai levantar o braço. Mas o professor de matemática Henrique de Faria assegura que não é bem assim. Junto com o também professor da matéria, Aldo Ferreira, Henrique acabou de lançar a plataforma ‘AH! Matemática’, onde desmistifica a dificuldade de se lidar com números e cálculos.

Os dois professores estudaram as metodologias para um ensino de qualidade, qual seria a melhor forma de construir um material interativo para os alunos, além da edição de vídeos e de áudio. A partir disso construíram um jeito próprio de ensinar na modalidade EaD. Nesse início, a intenção era apenas usar esses métodos na escola na qual trabalham, mas logo veio a ideia de ajudar mais pessoas com as suas aulas.

“Aí surgiu o ‘AH! Matemática’, com A de Aldo e H de Henrique, formando a interjeição ‘AH!’, aquela que os alunos soltam quando entendem uma explicação (Ahhhhh! agora entendi!). O ‘AH! Matemática’ vai ter duas vertentes, uma social e uma de venda de aulas. Vamos disponibilizar muito material gratuito (dicas, curiosidades, estatísticas das provas) no nosso Instagram @ahmatematica, e colocar à venda vários cursos sobre matemática, para as diversas etapas da vida dos estudantes e também dos adultos. Um dos primeiros cursos será lançado no mês que vem”, falou Henrique.

Proporções Áureas

A ideia de Aldo e Henrique é criar uma plataforma para atender a todos que tenham vontade de estudar matemática, considerando-se ser uma matéria que sofre grande preconceito pela maioria dos alunos, mas que é muito importante em várias fases da vida. Além de ser fundamental para quem quer passar no vestibular, ela também é muito útil para desenvolver o raciocínio lógico em todas as idades. E tantas profissões, até mesmo na área de humanas, envolvem pensamentos matemáticos, os quais muitas vezes as pessoas não conseguem desenvolver por causa de uma barreira com a matéria, com frustrações de não ter aprendido nada no passado.

“Assim, cada curso oferecido será desenvolvido com foco no público alvo para o qual ele foi concebido. Por exemplo, o primeiro curso que iremos lançar será voltado para adolescentes de 14/15 anos que querem ingressar em universidades públicas. Logo toda a metodologia foi construída em cima disso. Mas também, estamos trabalhando num curso de Matemática Básica para Advogados, então estamos construindo uma forma de nos comunicarmos com esse público. A ideia é atender a todos que tenham um objetivo em comum: aprender matemática”, adiantou.

A matemática, bem mais do que as habilidades naturalmente ligadas a ela, como fazer contas, também desenvolve a capacidade de abstração de uma pessoa e o raciocínio lógico. Além de fazermos todo tipo de contas no dia a dia, de quanto foi o aumento da carne no mercado, do valor dos honorários do advogado arbitrados em percentual do valor da causa, como calcular um desconto, qual a área de um lote, também precisamos da matemática para trabalhar outras áreas do cérebro, que nos permitem exercer a criatividade e a resolução de problemas. Várias coisas relacionadas à criatividade humana estão diretamente associadas à matemática. Os padrões de beleza, por exemplo, que temos hoje em dia na sociedade (e que envolvem toda a indústria da moda, da estética e por aí vai) muitas vezes são construídos em cima de proporções, conhecidas na matemática como proporções Áureas.

“Hoje em dia, muito do que entendemos como bonito está relacionado ao que o nosso inconsciente associa a essas proporções. Então, digo com tranquilidade: matemática não é fácil só para quem nasceu com habilidade matemática. Ela pode ser fácil para todo mundo que gosta de coisas bonitas também”, afirmou.

Facilidade maior

Algumas pessoas realmente têm uma facilidade maior com os números, mas com muito treino é possível compreender qualquer conteúdo. Outros têm frustrações com o ensino matemático. É quase certo que essas dificuldades resultaram de experiências ruins tidas com professores pouco pacientes e que também não souberam demonstrar a relevância daqueles assuntos para a vida dessas pessoas fora da escola.

“E é justamente isso que tentamos mudar no ‘AH! Matemática’. Desenvolvemos um novo método de ensino e, com os nossos cursos, a ideia é que as pessoas possam superar essas experiências ruins e percebam a relevância da matemática nas nossas vidas”, disse.

Henrique explicou que o ensino de matemática deve ser diário, através de situações do dia a dia da criança, sem a necessidade de uma sala de aula ou uma pausa para o ensino formal.

“Ao ensinar uma criança a contar o troco de uma compra na padaria, já está se ensinando matemática”, lembrou. 

E, revelou: quem entende os números terá uma facilidade maior na hora de montar um empreendimento, pois saberá fazer as contas ‘fecharem’ no final do mês.

“Uma das razões do fracasso de tantos negócios é a falta de planejamento financeiro de seus donos. Além disso, o raciocínio matemático possibilita uma criatividade na resolução de problemas, no planejamento, na comparação de preços e assim por diante. Um comerciante que domina matemática tem uma percepção diferente das oportunidades que surgem, dos possíveis lucros ou prejuízos”, finalizou.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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