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Plano de retomada da atividade turística no Amazonas

Plano de retomada da atividade turística no Amazonas

JOSÉ FERNANDO PEREIRA DA SILVA

A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), de forma bastante entusiasmada, apresentou seu Plano de Retomada da Atividade Turística no Amazonas 2020, com o objetivo de estimular a retomada da atividade turística no estado.

Numa rápida leitura do referido Plano, chegamos à conclusão de que o projeto não foge dos padrões de inúmeros planos apresentados anteriormente, que de forma inexorável, seguiram o destino das prateleiras. 

Sem um diagnóstico percuciente dos problemas estruturais capazes de identificar os imperiosos gargalos, que entravam essa importantíssima função econômica, o Plano não vai além das meras intenções pontuando alguns pontos turísticos no estado, sem, contudo formular estratégias para transformá-los em produtos econômicos.  

O Setor do Turismo é extremamente complexo, haja vista a amplitude que ele encerra, bastante amplo e multidisciplinar, que está a exigir múltiplas ações no médio e longo prazos, capazes de não inviabilizarem as gestões, que visem ao seu desenvolvimento sustentável. Por seu turno, com inspirações inovadoras e eficazes, intrinsecamente de um acurado planejamento, um plano concebido e implementado pelo Poder Público especializado no setor, voltado à execução de ações relevantes ao respaldo da prática da atividade turística, deverá lançar estratégias de políticas que propiciem o crescimento, desenvolvimento e consolidação do turismo no estado. 

Assim, pelos elevados graus de complexidade do Setor, haja vista soe ser uma atividade multidisciplinar, seria de bom alvitre, com um único objetivo de contribuir para a elaboração de um trabalho de excelência, criar um Comitê composto de membros dos mais especializados ramos do conhecimento humano (setores de hotelaria, bares, restaurantes, operadores de turismo, logístico, entre outros), com o objetivo de contribuir para o tema, com apresentação de trabalhos, que abordem, delimitem e busquem apresentar esclarecimentos acerca da situação da atividade turística no Amazonas e dos meios que a asseguram, além de disponibilizar o acesso à sociedade de informações relevantes à atividade que mais cresce, gerando emprego e renda no Planeta.

Com essa pandemia, que assola o Planeta e particularmente o Estado do Amazonas, os empresários amazonenses, especialmente os do Setor do Turismo, e toda a sociedade organizada vivem a expectativa de uma alternativa viável para evolução dos seus negócios, mormente, por acreditarem no incomensurável potencial turístico da Região e por ser o Turismo capaz de dar a resposta mais rápida para superação desta grave crise econômica. Isso faz com que as esperanças sejam a cada dia renovadas e novas formas de gestão sejam criadas, novas ferramentas de trabalho sejam elaboradas e novas ações sejam implantadas em busca da superação desse quadro desalentador.

Pela natureza intrínseca de suas incontestáveis virtudes, pelas razões expostas acima e como um dos setores mais promissores, o turismo subsidia benefícios expressivos à soberania, à geopolítica e à sociedade em geral, pois proporciona crescimento e desenvolvimento nos campos econômico, social, ambiental, cultural, religioso, científico e também político, consolidando-se de maneira planejada sob o princípio da sustentabilidade, por sua vez respaldada por uma das vertentes mais importantes da sociedade e especificamente da atividade: as políticas públicas. 

Assim, mutatis mutandis, almejamos que o Plano de Retomada da Atividade Turística no Amazonas, seja observado no desejado aspecto macro, capaz de, neste primeiro momento, buscar aprofundar essas complexas questões e sua relação com uma de suas vertentes mais importantes. Então, conclui-se que um planejamento substantivo sobre o Turismo tenha como primeiro passo essa proposta governamental, sem as históricas retrospectivas de ações anteriores que não obtiveram sucesso. O Estado do Amazonas, há décadas, espera por políticas públicas focadas no seu desenvolvimento sustentável com o amplo compartilhamento de seus recursos naturais. 

JOSÉ FERNANDO PEREIRA DA SILVA

Fecomércio

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