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Pizza com solidariedade e engajamento

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Os apaixonados por pizza têm dois motivos para ficar felizes neste final de semana: primeiro porque poderão degustar os variados sabores da iguaria italiana disponibilizados na Barraca do Bixiga; e segundo, ainda ajudarão a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Na sexta-feira (19), e sábado (20) acontece a 34ª edição da Barraca do Bixiga, no Clube do Trabalhador, no Sesi, com início às 19h.

“Na primeira edição vendemos 30 pizzas. Hoje vendemos 600 por noite, e nunca nos desviamos do nosso objetivo inicial que era ajudar a Apae”, falou Armando do Valle, coordenador da Barraca do Bixiga desde a primeira edição.

Nesses 34 anos de existência a Barraca do Bixiga já repassou R$ 3,7 milhões para a Apae, fora as doações. “Só ano passado foram R$ 260 mil. Este ano queremos vender R$ 300 mil, ou mais, para ultrapassarmos a barreira dos R$ 4 milhões”, avisou.

Cento e vinte voluntários trabalham na Barraca do Bixiga, entre engenheiros, médicos, empresários e vários outros profissionais, 60 atuando como garçons. Os demais assumem funções como choppeiros, pizzaiolos, animadores. E ainda somente homens. “Desde o começo sempre foram homens, e nunca deu problema. Um reclama com o outro quando alguma coisa não está funcionando, e nos entendemos. Com uma mulher já seria diferente”, explicou.

Três dos participantes da Barraca estão desde o começo: Jurandir Gaiotto, Armando do Valle e Cid Fontana, este, o primeiro coordenador da Barraca, que precisou ir embora de Manaus, mas nunca deixou de voltar para participar do evento nesses anos todos.

600 pizzas/noite
“Outros 15 voluntários atuam há mais de 20 anos no evento e todo ano temos gente nova se juntando ao grupo. Já estamos na terceira geração trabalhando na Barraca, com seis netos de barraqueiros. Além dos voluntários, contratamos 20 pessoas para trabalhar na cozinha. Vários deles estão conosco há 30 anos”, lembrou.

Por edição da Barraca são consumidos 80 quilos de molho de tomate; 600 pizzas/noite são assadas em três fornos a lenha (certificada). Cada forno pesa 1,5 tonelada; e 600 litros de chope mais dois mil refrigerantes (e água) matam a sede dos frequentadores. “Em uma semana montamos toda a estrutura da Barraca e cerca de 30 patrocinadores, grandes, médias e pequenas empresas, participam. 600 mesas, com 2.400 lugares sentados, ocupam o salão refrigerado”, informou.

Na sexta-feira (19), a entrada na Barraca só é permitida mediante apresentação do convite, que pode ser comprado por R$ 100, com qualquer um dos barraqueiros. O convite é trocado na portaria por uma cartela que dá direito a concorrer a R$ 50 mil em prêmios, como uma motocicleta Honda XRE 190, uma cozinha completa Brastemp, uma cervejeira Cônsul e aparelhos de TV.

No sábado (20), a entrada é livre e o visitante poderá ganhar brindes se: estiver aniversariando, iniciado o namoro, tiver casado, ou se separado nesse mesmo dia, for maior de 80 anos. No sábado também haverá a apresentação da Rita Lee cover com pré-show da banda Etílicos. A entrada é livre, mas haverá pagamento opcional de couvert artístico por mesa. “Todas as pizzas são grandes e teremos 12 sabores, com valores que custam, em média, R$ 60, dependendo do sabor. Esperamos manter a média/anual de público de 1.200 a 1.400 pessoas por noite”, concluiu.

Um pouco de história
A história da Barraca do Bixiga começou em 1984, com o paulista Jurandir Gaiotto, então gerente de RH da Sharp, em Manaus. Naquele ano chegaram à cidade vários funcionários paulistas para trabalhar na empresa. Também em 1984 acontecia a Feira da Bondade da Apae. Com o objetivo de ajudar a instituição e integrar os funcionários paulistas à sociedade manauara, Jurandir montou a Barraca do Bixiga na feira, homenageando esse tradicional bairro paulista. A Barraca deu tão certo que nunca deixou de acontecer até hoje e ganhou vida própria, independente da Feira da Bondade, que continua a acontecer no CSU do Parque 10. A Barraca do Bixiga cresceu tanto que, de uma barraca inicial, passou a ocupar o Clube do Trabalhador.

O Bixiga é conhecido como um dos mais tradicionais bairros da cidade de São Paulo, embora na divisão administrativa da cidade ele não exista oficialmente como tal. Corresponde aproximadamente à região localizada entre as ruas Major Diogo, avenida Nove de Julho, rua Sílvia e avenida Brigadeiro Luís Antônio, no distrito da Bela Vista.

Formado por imigrantes italianos, o Bixiga ganhou importância histórica e turística na capital paulista. A tradição e a religiosidade italianas, que são fortemente mantidas, e as inúmeras cantinas existentes no bairro são grandes atrativos turísticos, além das boas opções de teatro. No bairro situa-se a sede da escola de samba Vai-Vai, que até 2006 realizava ensaios pelas ruas do lugar.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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