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Pior queda no emprego desde 2009

Em linha com a queda de produção registrada em maio e a piora do mercado de trabalho de um modo geral, o emprego no setor também recuou, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ontem.
Em maio, o total de pessoas ocupadas na indústria mostrou retração de 0,5% na comparação com abril, na série livre de influências sazonais (típicas de cada período).
O resultado reflete uma piora, já que veio após o emprego industrial ficar praticamente estável nos últimos meses.
A queda de maio foi a mais intensa desde dezembro de 2009 (-0,6%), quando o país e especialmente a indústria ainda sentiam os reflexos da grande crise global detonada no final de 2008.
Na comparação com maio de 2012, o emprego industrial registrou queda de 0,7% no mesmo mês deste ano. Trata-se do 20º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o resultado veio “ligeiramente mais intenso que o observado no mês anterior”, quando a queda ficou em 0,5%, segundo o IBGE.
No índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2013, o total do pessoal ocupado na indústria caiu 0,8% e apontou uma leve redução no ritmo de queda frente ao registrado no primeiro trimestre de 2013 (-1,0%), sempre nas comparações contra igual período do ano anterior.
Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao recuar 1,3% em maio de 2013, repetiu o patamar registrado em dezembro (-1,4%), janeiro (-1,4%), fevereiro (-1,5%), março (-1,4%) e abril (-1,4%).
Em maio, a produção da indústria surpreendeu negativamente e caiu 2% frente a abril, num tombo superior às previsões de analistas -de um recuo em torno de 1%. O resultado, que ocorreu após dois meses de crescimento expressivo do nível de atividade do setor, rebateu agora no emprego industrial.

Setores e regiões

Pelos dados do IBGE, os principais impactos negativo na queda do emprego na comparação com maio de 2012 vieram da região Nordeste (-3,2%) e de São Paulo (-0,7%).
Já setorialmente, o emprego recuou em nove dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas de calçados e couro (-6,5%), máquinas e equipamentos (-3,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-3,5%), vestuário (-2,5%) e minerais não-metálicos (-2,2%). Boa parte desses ramos também apontou retração na produção em maio.

Horas extras

Após dois meses seguidos em alta e num sinal de alento ao setor industrial, o número de horas pagas (indicador que sinaliza as horas extras contratadas pelas empresas) caiu 0,7% de maio para maio, já descontadas as influências sazonais.
O indicador, em geral, antecede futuras contratações. Primeiro os industriais pagam horas extras aos seus funcionários para ocupar a capacidade ociosa de suas linhas de produção. Só após um período maior de recuperação é que eles passam a contratar novos empregados.
Em relação a maio de 2012, as horas pagas recuaram 0,1%, após avançar 0,2% em abril, primeira taxa positiva na ocasião após 19 meses consecutivos de queda.
No acumulado do ano, o índice registra queda de 1%. Nos últimos 12 meses até abril, houve retração de 1,6%.

Rendimento

Segundo o IBGE, o valor da folha de pagamento da indústria (indicador do rendimento no setor) avançou 1,7% de abril para maio já sem os efeitos típicos de cada período. Na comparação com maio de 2012, houve alta de 5,8%. No índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2013, o valor da folha de pagamento avançou 2,8%, segundo o IBGE.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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