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PIM fatura 63,79% a mais no primeiro trimestre

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O faturamento do PIM (Polo Industrial de Manaus) aumentou 63,79% na comparação do primeiro trimestre deste ano com igual período do ano passado, passando de US$ 4.53 bilhões (2009) para US$ 7.42 bilhões (2010). No comparativo de março, o crescimento foi de 66,09%, com US$ 2,89 bilhões (2010) contra US$ 1.74 bilhões (2009). Os números foram fornecidos pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
O polo eletroeletrônico, mais uma vez, puxou os números para cima. O segmento faturou US$ 73.79 milhões no trimestre, 74,86% a mais do que no mesmo período do ano passado (US$ 42.20 milhões). Colaborou para isso, principalmente a produção de TVs LCD (display de cristal líqido), que totalizou 1.590.280 unidades no período, um aumento de 134,83% em relação a 2009.
O polo duas rodas cresceu 57,41% em relação ao trimestre do ano passado, faturando US$ 1.5 bilhão, mas ainda não recuperou o vigor esboçado no mesmo intervalo de 2008 (US$ 2 bilhões), ainda nos meses pré-crise. No setor químico também houve crescimento significativo de 66,41.
Para o diretor-executivo da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Flávio Dutra, os resultados já eram esperados. “O mercado está superaquecido. As fábricas de TVs LCD estão trabalhando a pleno vapor para conseguir entregar as encomendas”, afirmou. A expectativa para o próximo semestre é que preocupa o dirigente. “Quero ver se depois da Copa as pessoas vão continuar consumindo tantas TVs”, questiona Flávio Dutra. Segundo o presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Erivaldo Lopes, esse não deve ser um motivo de preocupação para os industriais. “É uma tendência de mercado a substituição das TVs antigas pelas de nova tecnologia. Daqui a dois anos haverá Olimpíadas, depois mais Copa. A família brasileira está em pleno processo de substituição de tecnologias antigas por novas”, observou o economista. Para o presidente do Corecon/AM, as medidas dos governos foram fundamentais para o crescimento da indústria nesse trimestre. “O governo agiu no momento certo e os números estão refletindo isso. A oferta deve ficar abaixo da demanda, por isso o aumento da taxa de juros para aumentar o interesse em consumir. A maior oferta de crédito para o consumidor é fundamental para isso acontecer”, explicou Erivaldo Lopes.
O presidente da Aficam (Associação das Indústrias e Empresas de Serviços do Polo Industrial do Amazonas), Cristóvão Marques, também se diz otimista para os próximos meses. Segundo ele, a Copa do Mundo, com certeza é motivo para alta, mas o ano eleitoral também injeta muito investimento. “Ano político sempre aquece o mercado. Todos querem ver a recuperação do mercado que amargou com a crise em 2008 e 2009”, observou Marques.

Mais empregos

Em termos de mão-de-obra efetivada, o PIM experimentou um acréscimo de 3,77% entre o final de 2009 e março de 2010, saltando de 84.846 (2009) para 88.047 pessoas na linha de produção (2010). No total, o Distrito Industrial demitiu 7.369 pessoas entre janeiro e março deste ano e admitiu 11.543 no mesmo período. A média mensal (96.371), contudo, ficou 10,92% abaixo do registrado em 2008 (106.894), ano em que os efeitos da crise aportaram em Manaus.
Enquanto segmentos como o de eletroeletrônicos, termoplásticos, metalúrgico, mecânico, produtos descartáveis e químico aumentaram seu estoque de empregos em relação ao ano passado, o mesmo não ocorreu com os polos de bebidas e duas rodas. Já a média salarial dos trabalhadores do polo, levando em conta também os cargos de chefia, avançou 9,09%, com US$ 779.01 (2010) contra US$ 714.08 (2009).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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