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PIM aposta na Copa e eleva produção de TVs em 30%

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Um montante de 4,5 milhões de aparelhos de televisores nas tecnologias LCD (cristal líquido), plasma e LED (Light-emitting diode), deverão ser ‘jogadas’ no mercado brasileiro e internacional nos próximos meses pelos fabricantes do setor no PIM (Polo Industrial de Manaus). Toda essa produção é para atender a demanda da Copa do Mundo, que acontece em junho, somada ao aumento da renda do trabalhador e os financiamentos oferecidos hoje no mercado.

A projeção é do presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, ao avaliar que a expectativa dos fabricantes é bastante positiva com a possibilidade de um crescimento, nesses modelos de LCD e LED, em torno de 30%. “Além do apelo tecnológico e do evento esportivo, o aumento da renda e os financiamentos/crédito oferecidos hoje, certamente alavancarão o consumo desses produtos”, defende o dirigente.

Apesar dos efeitos negativos da crise internacional, uma alta de 34,31% foi verificada na produção de TVs com tela de LCD em 2009 se verificado o montante de 3,58 milhões ante os 2,67 milhões no ano anterior, apontam indicadores industriais divulgados recentemente pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

Para escanteio

Enquanto isso, os televisores com tela de plasma já começaram a ficar para o escanteio com um recuo de 8,55%, se computado o somatório de 313,19 mil contra 342,46 mil, respectivamente. O encolhimento foi mais evidente para as TVs de tubos catódicos, cuja produção despencou de 7,97 milhões para 4,90 milhões, ou 38,51%.
Na opinião de Wilson Périco, a bola da vez são os televisores de cristal líquido que continuam sendo bem procurados seguidos pelos da tecnologia LED. Esses dois modelos, somando-se também o plasma -mesmo com a retração apresentada- substituirão os TVs de CRT.

Vale destacar que a despeito do recuo na fabricação desse produto, há quem diga que o Brasil está importando TVs de CRTs da China. Wilson Périco, não acredita que o motivador dessa importação esteja relacionado à falta do produto no mercado interno, mas à migração tecnológica. “Os produtos chineses deverão chegar ao mercado, competindo com os fabricados no PIM. No entanto, é preciso que o governo federal tome ações para proteger os investimentos feitos no território nacional e, mais que isso, proteger os empregos gerados por esses investimentos”, enfatizou.

Evolução tecnológica e queda nos preços ajudam segmento

Quanto ao aumento das vendas de LCD, Wilson Périco avaliou ser decorrente do aprimoramento da tecnologia e da redução dos preços que varia segundo fabricante e modelo, mas disse que o produto está muito mais acessível. “Uma TV de plasma de 42 polegadas era vendida por mais de R$ 20 mil há cinco anos e hoje já se encontra o mesmo produto por algo em torno de R$ 2.000”, comparou.

Apesar de todo o aparato tecnológico do polo industrial, há fabricantes do setor que ainda não fabricam TVs de alta definição conectadas à internet. “As grandes fabricantes, como LG, Sony, Philips, Samsung, entre outras, estão produzindo TVs com alta definição, mas não necessariamente com acesso a internet”, informou Périco.

O LED TV promete ser a sensação do mercado neste ano de Copa do Mundo. O termo LED, que significa Light-emitting diode (Diodo Emissor de Luz), é a tecnologia que está incorporada nos novos modelos de TVs do mercado. Estes aparelhos são muito mais finos (chegam a ter 5 centímetros de espessura) e possuem uma qualidade de imagem muito superior aos atuais televisores LCD e plasma. Seu preço normalmente é de 10% a 15% superior às TVs com tela de LCD.

A Panasonic da Amazônia é uma das fabricantes do setor que atende esse mercado com televisores de LCD e plasma, onde está bem posicionada. O diretor administrativo da empresa, Iuquio Ashibe, apesar de não revelar números, destacou que a expectativa da empresa é de crescimento para este ano.

Sinal digital

No tocante à fabricação dos conversores digitais, conhecidos como set-top box, a direção do Sinaees aponta que os aparelhos com telas acima de 37 polegadas estão saindo com o receptor embutido. Na opinião de Wilson Périco a produção de receptor ainda não emplacou no PIM porque a implantação do sistema digital no país não avançou na velocidade que os fabricantes esperavam.

Vale destacar, conforme especialistas em TV digital, que com o sinal digital, as emissoras passam a ter canais ramificados na TV aberta, possibilitando ao telespectador assistir a programação principal buscar, em canais adjacentes, por exemplo, detalhes da carreira do entrevistado, descrição das peças de um figurino de novela, além de programas já exibidos. Além disso, apontam que a TV digital é fundamental para consolidar as redes sociais e com isso o público vai poder interagir, dar sua opinião sobre a programação. Isso porque pequenas janelas mostrarão aos usuários conectados, como estão se comportando as ações na bolsa de valores e as últimas notícias, tudo costumizado de acordo com o interesse do leitor.

Comércio aposta nas classe C e D para elevar as vendas do aparelho

O comércio varejista de Manaus também está apostando no evento esportivo para vender mais televisores com telas fina neste ano. O presidente da Fecomercio-AM (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), José Roberto Tadros, salientou que a indústria deste segmento será uma das maiores beneficiadas pelo aquecimento do consumo em virtude da Copa do Mundo. Isso porque, pondera o dirigente, o telespectador vai querer assistir os jogos num aparelho que tenha melhor qualidade de imagem.

Segundo Tadros, até os consumidores das classes CeD, que há pouco tempo praticamente só compravam artigos básicos, como alimentação e vestuário, hoje estão adquirindo produtos da linha marrom, e a televisão é um desses itens. “Com certeza essas pessoas também vão querer ter um televisor com melhor tecnologia para assistir os jogos da seleção brasileira”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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