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Piatam recebe mais recursos para pesquisa

O Projeto Piatam ‘Inteligência Socioambiental Estratégica da Indústria do Petróleo na Amazônia’ acaba de ter seu quinto ciclo de financiamento aprovado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projeto). O novo aporte, de R$ 2.005.587,78 foi recebido, após uma análise de 41 especialistas de diferentes instituições e regiões do país que concluíram que a continuidade do Piatam é fundamental para consolidar o modelo de caracterização socioambiental do rio Solimões.
Nesta nova fase, o projeto dará continuidades às pesquisas científicas com o objetivo de monitorar os impactos socioambientais do transporte do petróleo e gás, no rio Solimões, entre Manaus e Coari e será executado pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e co-executado pela UEA (Universidade do Estado da Amazonas), pelo Inpa (Instituto de Pesquisa Nacional da Amazônia) e Instituto Piatam.
Para a Finep, a escolha do Piatam se justifica diante dos excelentes resultados do Projeto ao longo de dez anos de atuação na Amazônia: seis teses de doutorado e 28 dissertações de mestrado foram publicadas com resultados das pesquisas realizadas nas nove comunidades ribeirinhas onde o projeto atua. Com o início do novo ciclo, o Piatam vai funcionar como uma rede, garantindo maior integração entre as diferentes áreas da pesquisa. O maior aporte foi dado ao subprojeto Desenvolvimento humano e relações ambientais no médio rio Solimões, que irá desenvolver pesquisas voltadas à implementação de tecnologias sociais que induzam a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. Segundo o coordenador do Piatam V, o professor Carlos Edwar, atividades desse tipo já vinham sendo desenvolvidas. Ele cita como exemplo as máquinas de desfibrilar malva e juta: “As máquinas foram desenvolvidas em conjunto com os ribeirinhos e o modelo deu tão certo que a Secretaria de Produção Rural do Amazonas resolveu replicar a máquina para outros locais do Estado”.
Além dos estudos socioeconômicos, o Piatam V também desenvolverá os subprojetos: Aperfeiçoamento dos sistemas de informações e indicadores Piatam; Espacialização e visualização georreferenciada dos sistemas de informação visual; Qualidade de água e recursos aquáticos; Gestão e relações institucionais da rede Piatam. Nesta fase, que irá durar cerca de dois anos, estarão envolvidos 67 profissionais, entre pesquisadores, alunos e técnicos. O Projeto Piatam desenvolve-se na área de produção petrolífera localizada às margens do rio Urucu, que transporta petróleo e gás ao longo do rio Solimões para a refinaria de Manaus. O transporte de petróleo é feito primeiramente por um poliduto de 280 km até o terminal de Coari, e depois, por meio de navios, até Manaus. Em quatro excursões por ano, uma em cada ciclo hidrológico do rio (cheia, seca, vazante e enchente), o barco com os pesquisadores do Piatam percorre cerca de 400 km coletando dados e amostras. Na região Amazônica, o Piatam cumpre o papel de sistematizar todas as informações que possam servir de subsídio para eventuais contingências da indústria petrolífera. Mas a importância do projeto é ainda maior quando se considera a sua imensa contribuição para a ampliação do conhecimento científico sobre os ecossistemas amazônicos.

Bancos criam indicadores de negócios sustentáveis

Na próxima quinta-feira, 6 de maio, a Febrabam (Federação Brasileira de Bancos) se reunirá com representantes do Banco Central, do Ministério do Meio Ambiente, de organizações não governamentais e de diversos bancos para que seja apresentada versão preliminar da matriz de indicadores de sustentabilidade para instituições financeiras, bem como acolhidas sugestões dos diferentes stakeholders que contribuirão para a sua forma final.
O objetivo é construir e implementar uma agenda comum de sustentabilidade na indústria financeira, alinhada aos princípios e diretrizes do Protocolo Verde. Um dos compromissos estabelecidos pelos bancos signatários desse acordo é engajar seus stakeholders nas políticas e práticas de sustentabilidade e estimular a cooperação e integração de esforços. O encontro dá a partida a esse processo.
Assinado em 2009 pelo presidente da Febrabam, Fabio Barbosa, e pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o Protocolo Verde aborda também o estímulo a práticas de sustentabilidade ambiental por meio de financiamentos e os impactos e custos socioambientais na gestão dos ativos dos bancos.
Os indicadores que serão estabelecidos identificarão o status atual e a evolução da aderência e da implementação de ações pelo setor financeiro, tendo em vista os compromissos assumidos no âmbito do protocolo. A Febrabam contratou a Fundação Getúlio Vargas para assessorá-la nesse processo.
A idéia é motivar o setor em torno da criação de mecanismos eficientes para gerar lucro e participações em atividades bancárias, com ligação ao meio ambiente e às atividades sustentáveis. Tendo em vista que a sustentabilidade e os cuidados com o meio ambiente são os assuntos mais importantes do mundo atual, a Febrabam e as instuições monetárias brasileiras, saem, mais uma vez, na frente e criam um novo fundo financeiro voltado para atividades sustentáveis.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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