A Philips inaugurou ontem a primeira fábrica de aparelhos de ressonância magnética da América Latina. O investimento é parte da estratégia da companhia para fortalecer sua atuação em mercados emergentes e no setor de Cuidados com a Saúde e trará benefícios como redução de preço, menor prazo de entrega e maior proximidade com os clientes, além de contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional.
A nova planta também produzirá, a partir de novembro deste ano, equipamentos de tomografia computadorizada. Esse também é um equipamento de alta tecnologia que ainda não é produzido na América Latina.
A nova unidade de produção foi construída dentro das instalações da VMI Sistemas Médicos, tradicional fabricante de equipamentos de diagnóstico por imagem adquirida pela Philips em 2007 e localizada em Lagoa Santa (MG). A fábrica atenderá não apenas à demanda nacional, mas de toda a América Latina: o mercado de ressonância magnética na região é estimado em US$ 220 milhões, com o Brasil respondendo por cerca de US$ 100 milhões desse total.
A demanda por exames mais complexos também está em expansão no Brasil. A política de saúde do governo e o crescimento econômico dão acesso à cuidados médicos para um número maior de pessoas, fazendo crescer o número de pedidos de exames especializados de ressonância ou tomografia. “O segmento de diagnóstico por imagem é bastante maduro na região e existe uma forte demanda por equipamentos de ressonância magnética”, avaliou o vice-presidente de Cuidados com a Saúde da Philips para a América Latina, Daurio Speranzini Júnior. “Esta fábrica é parte da estratégia da Philips para oferecer soluções adequadas à realidade e às necessidades de seus clientes em países emergentes e para fortalecer sua área de Cuidados com a Saúde. Nossa intenção é criar no Brasil uma plataforma de exportação que possa atender não só a América Latina como outros países emergentes”.
Serão fabricados no Brasil três modelos de equipamentos de ressonância magnética: Intera 1,5T e Achieva 1,5T e 3,0T. Já o primeiro modelo de tomografia computadorizada a ser fabricado no país é o Brilliance CT 6-slice.
No início, 70% dos componentes serão importados. Mas a intenção da Philips é aumentar o índice de nacionalização para 60% do produto acabado em um ano e meio. Para tanto, a empresa está identificando e capacitando fabricantes locais que possam fornecer peças com a mesma qualidade hoje empregada. “Guardadas as devidas proporções, estamos fazendo o mesmo trabalho que a indústria automobilística fez no Brasil há algumas décadas. Estamos fortalecendo um segmento industrial especializado, que poderá posicionar o Brasil entre os principais países fabricantes de equipamentos médicos do mundo”, disse Speranzini.
Com a produção local, o prazo de entrega dos produtos cairá de oito meses para 30 dias. Também haverá redução de cerca de 15% no preço final do equipamento de ressonância magnética por conta da isenção de impostos e da diminuição de outros custos de produção.
Philips inaugura primeira fábrica de ressonância magnética no país
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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