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Pets: Eles também têm tumores. É preciso ficar sempre alerta

Pets: Eles também têm tumores. É preciso ficar sempre alerta

Não só os seres humanos, mas nossos amiguinhos peludos também têm tumores. As causas são as mais diversas – às vezes são benignos e outros, malignos. Então, ao menor sinal de qualquer nódulo que você observe no seu pet, corra imediatamente para uma consulta com um especialista.

Porque, quanto mais cedo detectado o problema, maiores são as chances de cura ou de sobrevida. Os animais domésticos passaram a ter uma melhor qualidade de vida e a viver mais. Como nós, quanto mais vivemos, maiores são as possibilidades de desenvolvermos tumores cancerígenos. Eles também não são diferentes. E sofrem as mesmas consequências. É uma lei da vida.

Além das causas genéticas, existem ainda fatores externos que podem desencadear um câncer de forma precoce. Nas cadelas e gatas, o uso abusivo de anticoncepcionais pode precipitar o surgimento do problema desde muito cedo. Aquele tumor de mama – que muitas vezes invade toda a cadeia mamária – é um dos mais comuns.

Aquele nódulo sorrateiro que, inicialmente, aparece na pele e depois se replica, espalhando-se para todas as áreas do corpo, é outro sinal de que o câncer já está em forma de metástase. Aí, nesse caso, fica mais difícil reverter o caso, já que ele invadiu praticamente todo o organismo.

Alimentos irregulares, vida sedentária, obesidade, diabetes, são outros grandes vilões apontados pelos especialistas que podem ter relação com o desenvolvimento de câncer precocemente. Se recorrermos à quimioterapia, pode não adiantar muito, pois os animais não respondem satisfatoriamente ao tratamento.

Então, a prevenção é a melhor forma de proteção. Desde cedo, se você realmente não tem interesse que o seu pet deixe um herdeiro, recorra à castração. Ela previne doenças infecciosas e até o câncer que pode ceifar a vida do seu bichinho prematuramente. Fêmeas e machos castrados têm menor possibilidade de desenvolverem a doença.  

Se castradas, as fêmeas podem se livrar de piometra, uma doença infecciosa aguda do útero que pode levar o animal a um óbito súbito se não houver uma intervenção emergencial e eficaz. Melhor para o tutor, que prevenirá altos custos com procedimentos caríssimos, e ainda para o animal, que ficará livre de uma doença perigosa, hoje responsável por grande número de mortes de cadelas e gatas.

Castrar os machos previne-se também a hiperplasia prostática que não é câncer, mas que causa grande sofrimento aos animais. Já idoso, o seu animal tenta urinar e não consegue. Portanto, com a castração, o organismo deixa de produzir testosterona, evitando-se que a glândula aumente consideravelmente a ponto de impedir a eliminação normal da urina.

Recorra a medidas preventivas, pois só assim você evitará gastos com tratamentos (clínicos ou cirúrgicos) e sofrimento ao ver o seu amiguinho sofrendo. Fica a dica!

POR DENTRO

Prevenção: tumores

Câncer de mama

. Sinais: apatia, inchaço e feridas na região das tetinhas.
. Diagnóstico: avaliação clínica, raios-X e biópsia, seguida de exame histopatológico.
– Causas: alimentação gordurosa e desbalanceada, obesidade e uso de anticoncepcionais.

.Vítimas: gatas e cadelas.

. Para evitar: castrar antes do primeiro cio, dar ração de qualidade e combater obesidade.

– Tratamento: conforme o caso, é preciso fazer cirurgia e, depois, sessões de quimioterapia ou radioterapia. O médico veterinário é quem irá definir o melhor para seu bicho. O tratamento também pode acontecer sem a necessidade de operar. Nesse caso, o bicho passa por sessões de eletroterapia e eletroquimioterapia.

Linfoma (câncer nos gânglios)

. Sinais: gânglios inchados no pescoço. Em gatos, massa abdominal (na barriga).
. Diagnóstico: biópsia, raios-X e exames histopatológicos e imunoistoquímico.
. Causas: em cachorros, pode ser a exposição a ondas de rádio, raios X ou micro-ondas, ou intoxicação por veneno para ervas daninhas (ácido diclorofenoxiacético). Nos gatos, leucemia e imunodeficiência felinas facilitam o quadro.

.Vítimas: animais de ambos os sexos e felinos machos que vão para a rua.
. Idade de risco: em geral, entre 5 e 12 anos. Nos gatos, pode aparecer antes dos 2 anos.
. Para evitar: vacine seu bichano todo ano com a quíntupla felina, que protege da leucemia (não há vacina contra imunodeficiência). Impeça o animal de sair de casa. Se você tem cachorro, não use no jardim o herbicida 2,4 D, e evite fazer raios-X sem necessidade.
. Tratamento: quimioterapia.

.Hiperplasia prostática

. Boa notícia: parece câncer, mas não é! Câncer de próstata é raro em animais.
. Sinais: aumento da próstata e dificuldade de urinar ou defecar.
.Diagnóstico: análise clínica, biópsia e exame histopatológico.
.Causas: hormonais.
.Vítimas: machos

.Idade de risco: 6 anos
. Tratamento: castração.

. Tumores sem prevenção

. Mastocitoma (tumor de pele)

. Sinais: formação de um ou mais pelotinhos, que podem virar feridas e variam de cor e tamanho. Em quadros avançados, o bicho apresenta desânimo e cansaço.
. Diagnóstico: análise clínica, raios-X, biópsia e exame histopatológico.
. Causas: ainda são desconhecidas.

.Vítimas: cachorros e gatos.
. Idade de risco: entre 9 e 13 anos nos cães e a partir dos 4 anos em gatos.
. Tratamento: há duas opções. A primeira é fazer eletroterapia e eletroquimioterapia. A outra envolve cirurgia, seguida de sessões de quimioterapia ou radioterapia.

. Melanoma (tumor de pele)

. Sinais: manchinhas de borda irregular e cores variadas. Aparecem em várias partes do corpo do animal, como a boca, os lábios, as costas, a cabeça e o pescoço.
.Diagnóstico: análise clínica, raios-X, biópsia e exames histopatológicos e imunoistoquímico.
.Causas: desconhecidas.
.Vítimas: cachorros.
– Idade de risco:  entre 9 e 13 anos.
. Tratamento: cirurgia em alguns casos, de acordo com a avaliação do médico veterinário. Em geral, tem tratamento difícil.

. Quimioterapia: sim ou não?

. Nos animais, a quimioterapia pode provocar mais efeitos negativos do que benéficos. Em alguns casos terminais, o veterinário desaconselha o procedimento, tratando apenas os efeitos secundários, para dar conforto ao animal.

DICA ANIMAL

‘Preciso beber muita água’

Vivemos nos trópicos, num clima tropical, onde o calor beira, em alguns casos, até 40 graus. Como nós, os pets também sentem o clima escaldante. Para isso, é preciso hidratá-lo regularmente para prevenir desidratação. Um pet que bebe água frequentemente fica mais fortalecido contra doenças oportunistas.

Afinal, o organismo precisa estar bem hidratado para cumprir as suas funções vitais. Forneça água fresca e limpa ao seu pet. E fique de olho nas impurezas do líquido, pois micro-organismos sorrateiros se aproveitam da sujeira que se acumula no fundo de recipientes para causar doenças no seu bichinho.

Marcelo Peres

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