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Pets: Desconfie se aparecer qualquer nódulo no corpo do seu melhor amigo

Os tumores também são uma ameaça ao seu melhor amigo. Portanto, vale a pena ficar de olho em qualquer nódulo ou algo estranho que apareça no corpo do pet. Muitas vezes são sinais de doenças que, se tratadas logo no início, têm grandes possibilidades de cura.

O câncer é uma doença silenciosa. Em geral, costuma se manifestar quando está praticamente alastrado. As metástases dificultam o tratamento. Enquanto as células cancerosas estão localizadas em determinada região, as chances de reverter o problema chegam até a 99%.

E as causas são as mais diversas – às vezes são benignos e outros, malignos. Então, ao menor sinal de qualquer nódulo que você observe no seu pet, corra imediatamente para uma consulta com um especialista.

Porque, quanto mais cedo detectado o problema, maiores são as chances de cura ou de sobrevida. Os animais domésticos passaram a ter uma melhor qualidade de vida e a viver mais. Como nós, quanto mais vivemos, maiores são as possibilidades de desenvolvermos tumores cancerígenos. Eles também não são diferentes. E sofrem as mesmas consequências. É uma lei da vida.

Além das causas genéticas, existem ainda fatores externos que podem desencadear um câncer de forma precoce. Nas cadelas e gatas, o uso abusivo de anticoncepcionais pode precipitar o surgimento do problema desde muito cedo. Aquele tumor de mama – que muitas vezes invade toda a cadeia mamária – é um dos mais comuns.

Aquele nódulo sorrateiro que, inicialmente, aparece na pele e depois se replica, espalhando-se para todas as áreas do corpo, é outro sinal de que o câncer já está em forma de metástase. Aí, nesse caso, fica mais difícil reverter o caso, já que ele invadiu praticamente todo o organismo.

Alimentos irregulares, vida sedentária, obesidade, diabetes, são outros grandes vilões apontados pelos especialistas que podem ter relação com o desenvolvimento de câncer precocemente. Se recorrermos à quimioterapia, pode não adiantar muito, pois os animais não respondem satisfatoriamente ao tratamento.

Então, a prevenção é a melhor forma de proteção. Desde cedo, se você realmente não tem interesse que o seu pet deixe um herdeiro, recorra à castração. Ela previne doenças infecciosas e até o câncer que pode ceifar a vida do seu bichinho prematuramente. Fêmeas e machos castrados têm menor possibilidade de desenvolverem a doença.  

Se castradas, as fêmeas podem se livrar de piometra, uma doença infecciosa aguda do útero que pode levar o animal a um óbito súbito se não houver uma intervenção emergencial e eficaz. Melhor para o tutor, que prevenirá altos custos com procedimentos caríssimos, e ainda para o animal, que ficará livre de uma doença perigosa, hoje responsável por grande número de mortes de cadelas e gatas.

Castrar os machos previne-se também a hiperplasia prostática que não é câncer, mas que causa grande sofrimento aos animais. Já idoso, o seu animal tenta urinar e não consegue. Portanto, com a castração, o organismo deixa de produzir testosterona, evitando-se que a glândula aumente consideravelmente a ponto de impedir a eliminação normal da urina.

Recorra a medidas preventivas, pois só assim você evitará gastos com tratamentos (clínicos ou cirúrgicos) e sofrimento ao ver o seu amiguinho sofrendo. Fica a dica!

POR DENTRO

Prevenção: tumores

Câncer de mama

. Sinais: apatia, inchaço e feridas na região das tetinhas.
. Diagnóstico: avaliação clínica, raios-X e biópsia, seguida de exame histopatológico.
– Causas: alimentação gordurosa e desbalanceada, obesidade e uso de anticoncepcionais.

.Vítimas: gatas e cadelas.

. Para evitar: castrar antes do primeiro cio, dar ração de qualidade e combater obesidade.

– Tratamento: conforme o caso, é preciso fazer cirurgia e, depois, sessões de quimioterapia ou radioterapia. O médico veterinário é quem irá definir o melhor para seu bicho. O tratamento também pode acontecer sem a necessidade de operar. Nesse caso, o bicho passa por sessões de eletroterapia e eletroquimioterapia.

Linfoma (câncer nos gânglios)

. Sinais: gânglios inchados no pescoço. Em gatos, massa abdominal (na barriga).
. Diagnóstico: biópsia, raios-X e exames histopatológicos e imunoistoquímico.
. Causas: em cachorros, pode ser a exposição a ondas de rádio, raios X ou micro-ondas, ou intoxicação por veneno para ervas daninhas (ácido diclorofenoxiacético). Nos gatos, leucemia e imunodeficiência felinas facilitam o quadro.

.Vítimas: animais de ambos os sexos e felinos machos que vão para a rua.
. Idade de risco: em geral, entre 5 e 12 anos. Nos gatos, pode aparecer antes dos 2 anos.
. Para evitar: vacine seu bichano todo ano com a quíntupla felina, que protege da leucemia (não há vacina contra imunodeficiência). Impeça o animal de sair de casa. Se você tem cachorro, não use no jardim o herbicida 2,4 D, e evite fazer raios-X sem necessidade.
. Tratamento: quimioterapia.

.Hiperplasia prostática

. Boa notícia: parece câncer, mas não é! Câncer de próstata é raro em animais.
. Sinais: aumento da próstata e dificuldade de urinar ou defecar.
.Diagnóstico: análise clínica, biópsia e exame histopatológico.
.

Causas: hormonais.
.Vítimas: machos

.Idade de risco: 6 anos
. Tratamento: castração.

. Tumores sem prevenção

. Mastocitoma (tumor de pele)

. Sinais: formação de um ou mais pelotinhos, que podem virar feridas e variam de cor e tamanho. Em quadros avançados, o bicho apresenta desânimo e cansaço.
. Diagnóstico: análise clínica, raios-X, biópsia e exame histopatológico.
. Causas: ainda são desconhecidas.

.Vítimas: cachorros e gatos.
. Idade de risco: entre 9 e 13 anos nos cães e a partir dos 4 anos em gatos.
. Tratamento: há duas opções. A primeira é fazer eletroterapia e eletroquimioterapia. A outra envolve cirurgia, seguida de sessões de quimioterapia ou radioterapia.

. Melanoma (tumor de pele)

. Sinais: manchinhas de borda irregular e cores variadas. Aparecem em várias partes do corpo do animal, como a boca, os lábios, as costas, a cabeça e o pescoço.
.Diagnóstico: análise clínica, raios-X, biópsia e exames histopatológicos e imunoistoquímico.
.Causas: desconhecidas.
.Vítimas: cachorros.
– Idade de risco:  entre 9 e 13 anos.
. Tratamento: cirurgia em alguns casos, de acordo com a avaliação do médico veterinário. Em geral, tem tratamento difícil.

. Quimioterapia: sim ou não?

. Nos animais, a quimioterapia pode provocar mais efeitos negativos do que benéficos. Em alguns casos terminais, o veterinário desaconselha o procedimento, tratando apenas os efeitos secundários, para dar conforto ao animal.

DICA ANIMAL

Eles precisam ficar bem hidratados

Vivemos nos trópicos, num clima tropical, onde o calor beira, em alguns casos, até 40 graus. Como nós, os pets também sentem o clima escaldante. Para isso, é preciso hidratá-lo regularmente para prevenir desidratação. Um pet que bebe água frequentemente fica mais fortalecido contra doenças oportunistas. A estação chuvosa está chegando ao fim. Não demora para convivermos com o  calor bem típico a partir de julho, quando (em tese) começam a vazante dos rios.

O organismo precisa estar bem hidratado para cumprir as suas funções vitais. É assim é conosco e também com os nossos amigos peludos. Forneça água fresca e limpa ao seu pet. E fique de olho nas impurezas do líquido, pois micro-organismos sorrateiros se aproveitam da sujeira que se acumula no fundo de recipientes para causar doenças no seu bichinho.

Marcelo Peres

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