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Petrobras reforça a distribuição

Para evitar problemas de abastecimento em algumas regiões do país, a Petrobras fará reforços em seu sistema de distribuição de combustíveis. Os ajustes serão concentrados nas regiões Norte e Sul, e as novas estruturas entrarão em operação em janeiro de 2013.
A afirmação foi feita ontem pelo diretor de abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, durante audiência na Câmara dos Deputados.
Segundo informou reportagem da Folha de S.Paulo no início de novembro, o governo havia convocado representantes do setor -dentre eles, executivos da Petrobras- para traçar um plano de emergência e evitar desabastecimento em algumas regiões do país. A determinação era que fossem feitas ampliações da capacidade de transporte e de armazenamento de combustíveis.
Um dos reforços emergenciais anunciados pela estatal será o deslocamento de um navio para Macapá (AP), a partir de janeiro, com o objetivo de suprir as deficiências no abastecimento de diesel do Estado.
Até hoje, a Petrobras abastece a região apenas com gasolina. O diesel é fornecido por outras distribuidoras a partir de Belém (PA). O navio, portanto, funcionará como um novo terminal de combustíveis, possibilitando a distribuição de diesel.
Outro reforço para a região Norte é a inauguração de um novo terminal em Itacoatiara, no Amazonas. Segundo Cosenza, o abastecimento do Estado hoje é feito inteiramente por Manaus. “Dará mais segurança [à distribuição] por conta da proximidade”, explicou.
Na região Sul, o reforço, por enquanto, será temporário. A Petrobras passará a alugar terminais de terceiros para montar “polos temporários” de abastecimento nos Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul.
A principal preocupação da estatal é garantir o suprimento de diesel em Paranaguá (PR) e de gasolina em Rio Grande (RS).
Cosenza descartou a possibilidade de um problema grave de abastecimento no país. “Não vejo desabastecimento. Vejo sim eventuais problemas, de navios, por exemplo.”
Segundo ele, a Petrobras faz modificações em seu planejamento diante dos pedidos das distribuidoras e da verificação do aumento da demanda. Há, no entanto, um tempo necessário para que os ajustes sejam postos em prática. “Movimentar essa quantidade de combustível, todo esse volume, é difícil”, afirmou.
Ele disse ainda que pode haver dificuldades em “alguns pontos locais”, mas que a Petrobras possui um sistema robusto de abastecimento.
O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, que também participou da audiência, afirmou que o país está passando por um “stress logístico” e que os donos de postos estão preocupados.
Segundo ele, pode faltar combustíveis nos postos, mas o abastecimento das cidades está garantido.
“Vemos que as companhias estão se desdobrando, acho que para o consumidor não há risco de desabastecimento, porque se a Petrobras não tiver combustível em determinada cidade, a Ipiranga terá ou a Ale”, explicou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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