Com uma população de 106 milhões de animais de estimação no Brasil, o que não falta é demanda para que empresas do setor pet cresçam e apareçam. Além das tradicionais pet shops e lojas especializadas, surgem nichos de mercado que abrem espaço para micros, pequenas e médias empresas em todo o país. Dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), mostram que, em 2014, o setor movimentou R$ 16 bilhões, alta de 8,2% ante o ano anterior.
O segmento de pet food (alimentação) lidera a lista de atividades que fazem parte deste universo, seguida pelo setor de serviços, cuidados com animais — que vão de equipamentos a acessórios e produtos para higiene. O setor veterinário também está entre os que puxam o crescimento deste mercado no país, considerado o segundo maior da indústria pet no mundo, atrás dos Estados Unidos e à frente do Reino Unido, França e Alemanha.
Do universo de empresas que atua no segmento, 33,5 mil são de pequenas e médias empresas, isso apenas no varejo de pet shops, segundo dados do Instituto Pet Brasil. Mas não são poucas as que investem na diversificação de produtos e serviços.
Fabiana Velmovitsky abriu há um ano o Club Pet, no Leblon, zona Sul do Rio. Sua decisão de abrir um negócio próprio veio da demanda percebida por ela de serviços para cães e gatos que têm donos que trabalham o dia todo ou viajam a negócios.
“Buscamos opções de bem-estar para os animais. Aqui, eles fazem natação, temos um serviço de day care com atividades, alimentação e banho, além de um atendimento de hotelaria para que os donos de cães e gatos deixem seus animais em segurança enquanto viajam. O serviço de beleza também é parte do atendimento. Temos produtos hipoalergênicos, usados para a hidratação dos pelos”, enumera ela, que cobra R$ 85 por um dia no Club Pet. Já o serviço de hotelaria custa R$ 140 a diária para períodos de até dez dias.
Também voltada para o bem-estar dos animais de estimação, a Pet Games se especializou em brinquedos funcionais, que estimulam os bichos e, segundo o proprietário da marca, Dalton Ishikawa,que também é veterinário, são feitos para divertir e ensinar os pets a se alimentar melhor e reduzir os níveis de estresse.
Os produtos são desenvolvidos e fabricados pela própria empresa. São bolhas de sabão, pequenos insetos de brinquedo, entre outros itens.
“Acreditamos que disseminar entre os donos dos bichos conhecimento na área de comportamento animal é a melhor maneira de se obter mais alto nível de bem-estar possível para eles”, defende Ishikawa.
Disa Sotero, que em julho do ano passado começou a fazer camas para pets, transformou o amor aos bichos em um negócio. Moradora de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio, ela vende para pet shops locais e fechou parceria com dois representantes, que distribuem seus produtos em cidades do Estado.
“Pesquisei o mercado e vi que havia demanda para isso. O negócio vem crescendo e estou criando agora linhas especializadas”, diz ela.
Ligia Amorim, diretora geral da NürnbergMesse Brasil, organizadora da Pet South America, que acontece no Brasil, o segmento pet nacional sempre se destaca pela variedade criativa, inovação e tecnologia dos produtos e serviços ofertados.
“O mercado Pet é extremamente amplo, com vários segmentos e com espaço para todos os tamanhos de empresas. E a cada ano o mercado brasileiro apresenta novos produtos e serviços”, afirma Ligia.
Pet é bom negócio para PMEs
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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