Além de bastante saboroso em cobertura e recheios de tortas e bolos, o maracujá é um fruto bastante utilizado na culinária brasileira. E quando se fala do seu aproveitamento completo, já se sabe que sua casca auxilia no emagrecimento, mas o que ningúem sabe é que, agora, a casca está sendo utilizada para a fabricação de biscoitos.
A pesquisa, elaborada para o curso de mestrado em Ciências de Alimentos da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), foi desenvolvida pelo nutricionista Carlos Victor Bessa, que constatou o alto teor nutritivo do produto.
Com o título “Bolacha Enriquecida com Fibra de Albedo de Maracujá”, o trabalho foi desenvolvido no período de 2008 a 2010 por meio do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados do Estado do Amazonas (Posgrag-Mestrado), fomentado pela Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) com uma bolsa no valor de R$ 27 mil.
De acordo com o pesquisador, o objetivo foi comprovar que os resíduos de frutas podem servir para criar alimentos saudáveis e com alto teor nutritivo. “Geralmente, a maioria das agroindústrias e a população descartam diretamente no meio ambiente os resíduos, tais como cascas, bagaços e sementes dos frutos processados ou consumidos, “Nosso objetivo é transformar em produto comestível o que iria para o lixo”, destacou.
Segundo Bessa, a ideia de elaborar biscoitos surgiu por estes serem bastante consumidos pela população brasileira. “O desenvolvimento do produto é importante , principalmente, devido ao grande apelo para a melhoria da qualidade da alimentação atrelada à melhoria da saúde pública”, avaliou.
O nutricionista lembrou ainda que incorporou o albedo (parte branca desidratado da casca do maracujá) à farinha de trigo, trocou o açúcar comum por xilitol e a manteiga ou margarina por óleo vegetal e produziu um biscoito rico em fibras, menos calórico, mais saudável e com propriedades funcionais. “Estes ingredientes têm muitas vantagens. O albedo do maracujá, por exemplo, possui fibras que, quando ingeridas com regularidade e quantidade adequada, são indicadas para a prevenção de constipação intestinal, câncer, diabetes, hipercolesterolemia (presença de alto nível de colesterol no sangue) e obesidade”, destacou.
Ele afirmou, também, que o óleo vegetal é isento de colesterol. O xilitol não aumenta o índice glicêmico, porque o metabolismo ocorre via pentose fosfato e não necessita de insulina, tem a metade (2,4Kcal) do valor calórico do açúcar (4Kcal)
Pesquisador desenvolve biscoitos da casca do maracujá
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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