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Pesquisa Fecomercio-AM mostra expectativa positiva para o Dia dos Pais

Pelo menos 73% dos consumidores de Manaus pretendem comprar presentes para o Dia dos Pais. Mais da metade pretendem comprar presentes típicos para a data, como itens de vestuário, perfumaria e calçados. Mas é significativa a parcela de quem pretende comprar produtos de maior valor agregado, como smartphones e relógios. É o que aponta a sondagem de Intenção de Compra e Confiança do Consumidor para a data comemorativa, realizada pelo Ifpeam (Instituto Fecomercio de Pesquisas Empresariais do Amazonas), entre 20 e 29 de julho, com 293 moradores da capital amazonense. 

Os resultados levaram a Fecomercio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) a projetar um crescimento superior a 5% para as vendas, na comparação com 2020. No texto da pesquisa, entidade empresarial destaca que agosto vem com “expectativas alvissareiras”, em razão da “significativa” melhora no quadro da crise sanitária, dada a adequação da estrutura hospitalar local, aliada ao avanço do ritmo de vacinação.

“Outros reflexos positivos vêm da economia, com vários indicadores apontando para uma retomada econômica acima das melhores expectativas. Mais importante que a Intenção de compra do consumidor, que se propôs esta pesquisa, é a ressocialização das pessoas que, aos poucos, foram perdendo o medo, recuperando a confiança para sair de casa e reencontrar parentes e amigos, voltar às compras. Esta pesquisa vem corroborar outros indicadores, que já apontavam para este caminho”, salientou a Fecomercio-AM, no mesmo texto.

Bens de consumo

O texto do levantamento do Ifpeam ressalta que as informações obtidas no estudo são “particularmente importantes” para as empresas do comércio varejista de Manaus, ao servirem de balizador para tomada de decisões de investimentos e planejamento de compras das mesmas, no sentido de atender à demanda da data comemorativa. 

Como dito, 73% dos entrevistados (217 consumidores) confirmaram que vão investir na compra de presentes para o Dia dos Pais deste ano, sendo que apenas 14% (41) responderam negativamente e outros 9% (24) se declararam indecisos. Predominam na lista dos que se decidiram pela compra os bens de consumo, com destaque para os segmentos comerciais de vestuário (32% ou 83 pessoas), perfumaria (20% ou 52), calçados (18% ou 45), smartphone relojoaria (ambos com 9%, ou 22), artigos eletrônicos (6% ou 15), artigos esportivos (5% ou 12) e informática (2% ou 5).  

Assim como ocorrido em outros levantamentos a maior parte dos consumidores ouvidos pelo Ifpeam manifestaram preferência pelos shoppings centers de Manaus como locais de compras para o Dia dos Pais deste ano. Nada menos do que metade dos entrevistados (128) manifestou intenção nesse sentido, sendo seguida por aqueles que escolheram o Centro da cidade (37% ou 94 pessoas), ou o comércio local dos bairros da capital (13% ou 34) para fazer o mesmo. 

Fuga do crédito

Os critérios da pesquisa indicam uma intenção significativa de gastos para o Dia dos Pais deste ano. Indagados em relação a quanto pretendem gastar com o presente do dia das crianças, 82,03% (210) das pessoas ouvidas na pesquisa do Ifpeam informaram que esperam gastar entre R$ 50 e R$ 300. Na sequência estão os 8,2% (21) que estão dispostos a gastar mais de R$ 801, os 7,81% (20) que esperam dispender entre R$ 301 e R$ 500 e a fatia de 1.95% (5) relativa aos que ainda se dizem indecisos. 

De acordo com o levantamento, no entanto, o critério preferencial do consumidor manauense, na hora do compra, ainda são os dos preços (38% ou 97 entrevistados) e das promoções (17% ou 43). As condições de segurança (15% ou 38), variedade de produtos (12% ou 30), variedade de lojas (5% ou 13), localização (5% ou 12), climatização e estacionamento (os dois com 3%, ou 8) também foram levados em conta.    

Em sintonia com a elevação dos juros, endividamento e incertezas quanto a emprego e renda, já capturadas em pesquisas recentes da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a maioria dos consumidores de Manaus sinaliza fugir do crédito. Dinheiro ou débito automático (56% ou 143 pessoas) são as formas de pagamento preferenciais para o Dia dos Pais deste ano. Em torno de 41% (106) ainda escolhem o cartão de crédito, enquanto 3% (7) apontam que vão pagar as compras pelo sistema de pagamentos e transferências instantâneas PIX.  

A sondagem também buscou investigar mudanças no comportamento do consumidor, e apontou que 61% (156 pessoas) devem evitar horários de maior fluxo, 20% (51) querem fugir da experimentação e troca de produtos, 16% (41) vão buscar lojas maiores para evitar aglomerações e 3% (8) querem pagar sem contato. Indagados como as lojas podem facilitar ou melhorar a compra, 32% (83) responderam “ajudar e inovar”, 31% (80) indicaram “benefícios financeiros”, 24% (62) disseram que é “ajudar a escolher”, e os 13% restantes (31) pediram a oferta de cartões de presente.

“Retomada retumbante”

O presidente em exercício da Fecomercio-AM, Aderson Frota, destaca que o Dia dos Pais ainda é uma data importante para o varejo de Manaus, embora ainda perca para uma larga margem para o Dia das Mães e o Natal. Segundo o dirigente a pesquisa buscou aferir não apenas as perspectivas de vendas para a data comemorativa, como também o grau do atual estágio de retomada da economia, mostrando que a mesma já entrou em rota ascendente, com resultados positivos para o faturamento e empregos do setor. 

“Fizemos uma pesquisa de expectativas e 73% disseram que vão comprar. Mais de 80% garantiram que vão gastar até R$ 300 no presente, o que é importante e mostra um certo vigor nas intenções de compra. Mas, é vital que nós digamos que, apesar de termos tido uma retomada retumbante nas vendas, em agosto 2020, esperamos um crescimento acima de 5%. Isso vai mostrar a ampliação dos postos de trabalho no comércio, e a melhoria no nível de renda na atividade. Somos a matriz econômica que atende à população, com todos os cuidados protetivos, e continuamos como os maiores empregadores e geradores de tributos do Amazonas”, arrematou. 

Foto/Destaque: Fred Novaes

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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