A inadimplência dos consumidores recuou 1,7% no acumulado dejaneiro a julho de 2007 em relação ao mesmo período de 2006, revela o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física. Na variação anual (julho de 2007 sobre julho de 2006), houve queda de 2,7% na inadimplência.
Quando comparada a junho deste ano, no entanto, a inadimplência das pessoas físicas aumentou 2,4%, apontou o indicador da Serasa, considerada a maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios.
Nos sete primeiros meses deste ano, as dívidas com as instituições financeiras tiveram uma participação de 38,3% na inadimplência das pessoas físicas, enquanto no mesmo período do ano passado, o peso desses registros foi de 31,8%.
Em segundo lugar estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que, conforme a pesquisa, de janeiro a julho de 2007 corresponderam a 30,9% d inadimplência dos consumidores. O índice foi inferior ao registrado nos sete primeiros meses do ano passado, quando as dívidas com cartões e financeiras representaram 32,5% do indicador Serasa.
Reduz calote nessa modalidade de pagamento
Os cheques sem fundos ocuparam o terceiro lugar no ranking de representatividade da inadimplência das pessoas físicas, com um percentual de 28,2%, no acumulado de 2007. A participação dos cheques sem fundos no indicador, nos sete meses de 2007, foi menor que no ano passado, quando os registros tiveram um peso de 32,8%.
Por fim os protestos, que têm menor peso na inadimplência das pessoas físicas, apresentaram nos sete primeiros meses deste ano uma participação de 2,6%. De janeiro a julho de 2006, o peso dos protestos foi de 2,9%.
Para os técnicos do Indicador Serasa, a queda da inadimplência das pessoas físicas nos primeiros sete meses de 2007 é decorrente do crescimento da massa real de rendimentos na economia (aumento do nível de emprego, sobretudo o de carteira assinada, acompanhado dos reajustes salariais, acima da inflação, obtidos pela ampla maioria das categorias profissionais).
Adicionalmente, as condições mais favoráveis deste ano em termos da oferta de crédito, com taxas mais baixas e prazos mais longos, têm estimulado as pessoas a trocarem dívidas mais caras e mais curtas por comprometimentos de prazos mais longos e menos onerosos, a exemplo do crescimento do crédito consignado, contribuindo para um melhor equilíbrio das finanças pessoais e produzindo efeitos positivos sobre a redução da inadimplência.
Na variação mensal, julho sobre junho de 2007, o aumento na inadimplência é decorrente do maior número de dias úteis no sétimo mês do ano.Além disso, 2006 foi um ano de inadimplência alta, representando uma elevada base de comparação, o que favorece a aparecimento de quedas nas respectivas comparações com 2007. Na relação do acumulado dos primeiros sete meses de 2006 com o mesmo período de 2005, foi registrado um aumento de 15,5% na inadimplência dos consumidores.
Cadastro positivo
Os indicadores de inadimplência serão influenciados favoravelmente com a prática do cadastro positivo sobre o crédito. Essa nova metodologia possibilitará o estabelecimento de políticas mais adequadas aos diversos tomadores de crédito, o que significará maior segurança nessas transações e, portanto, redução de custos e ampliação de recursos e abrangência, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.
Nos primeiros sete meses de 2007, as dívidas com os bancos registraram valor médio de R$ 1.265,53 e as dívidas com cartões e financeiras, no mesmo período, ficaram em R$ 362,18. O valor médio das anotações de cheques sem fundos das pessoas físicas foi de R$ 605,81 de janeiro a julho de 2007. Quanto aos títulos protestados, o valor médio dos registros no acumulado dos