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Pescado com preço diferenciado

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Às vésperas do feriado da Sexta-feira Santa, a demanda por pescado deverá dobrar em todo o Estado. Na capital amazonense o consumidor encontra uma variedade de peixe fresco e seco-salgado em grande quantidade e com preço acessível. Na Feira da Manaus Moderna, cerca de 650 mil toneladas/dia de pescado foram estimados para abastecer o período. Volume 100% superior ao comercializado em dias normais. Outra opção veio através do governo do Estado que ampliou a oferta do produto para a Semana Santa em mais 215 toneladas de pescado comercializadas em duas Tendas do Peixe, montadas nas feiras do Coroado e no CSU (Centro Social Urbano) do Parque Dez, localizados nas zonas Centro-Sul e Leste de Manaus, respectivamente. As ações devem conter os preços e dar mais opções de compra ao consumidor.
A Manaus Moderna, maior feira coberta da América Latina e atual Central de Abastecimento do Estado, dobrou sua oferta diária de pescado para atender ao aumento da demanda, que vem se repetindo, tradicionalmente, a cada ano. De acordo com o administrador da Feira, David Lima da Silva, a estratégia além de garantir o pescado na mesa do consumidor, também garante preço justo e acessível durante o período. “O Pirarucu seco, que é um dos mais vendidos nesse período se encontra por R$ 20 ele enrolado e R$ 25 o filé. Eu asseguro que vai permanecer esse preço e se aumentar vai ser R$ 1 a R$ 2 o quilo”, garantiu.
O preço do Tambaqui praticado nas feiras de Manaus está em torno de R$ 20 a R$ 25 a unidade pesando 3 a 4 quilos. Silva reiterou que o preço não sofrerá aumento porque os feirantes costumam dobrar a quantidade comercializada na Semana Santa. “Ao invés de aumentarem o preço eles aumentam o volume de compra e venda. Então se os feirantes vendiam mil quilos eles vão vender dois mil quilos de peixe”, explicou.

Estratégia do governo
A estratégia do governo do Estado, por meio da Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural) foi por à venda 215 toneladas de pescado a preços baixos, como forma de evitar a disparada dos preços nas feiras no período de 12 a 19 de abril. Mesmo representando um terço da quantidade comercializada por dia na Feira da Manaus Moderna, servirá para atender dos pontos de vendas na cidade. Nos primeiros dois dias da ação foram vendidos 17t de pescado, sendo 10t na Tenda do CSU e 7t na Tenda do Coroado.
De acordo com a atual titular da pasta, Sônia Alfaia, essa é mais uma ação da secretaria para evitar a alta de preços, especulação do pescado que normalmente acontece nesse período. A novidade está no manejo e industrialização do Pirarucu. “A Sepror está disponibilizando 30 toneladas de Pirarucu a preço promocional, o lombo que é a parte mais nobre está sendo comercializado nas duas Tendas do Peixe a R$ 25 e a ventrecha que é aquela parte menos nobre – tão saborosa quanto o lombo, por causa da gordura que dá um sabor mais pronunciado -está sendo comercializada por apenas R$ 20”, disse.
Sônia Alfaia informou que o Pirarucu veio do manejo na RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) de Mamirauá. Na sequência foi processado na Indústria de Bacalhau da Amazônia de Maraã onde aplicaram a mesma tecnologia para a produção do bacalhau europeu. “É um produto de alta qualidade e por isso que a secretaria também lançou essa campanha: Páscoa com Bacalhau da Amazônia. Então as pessoas só tem que aproveitar e vir aqui às Tendas e adquirir o seu produto para a Páscoa”, disse.
Ainda segundo Sônia Alfaia, os consumidores vão encontrar um produto de qualidade com preço justo. “Um preço muito abaixo do que é normalmente comercializado. Essa é uma oportunidade para conhecer esse novo produto da Amazônia. Beneficiado numa região de manejo sustentável que gera emprego e renda para a população e mantém a floresta em pé”, finalizou.
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é uma unidade de conservação estadual com uma extensão de 1.124.000 hectares, situada entre os rios Solimões, Japurá e Auati-Paraná, sendo a maior área de mata de várzea protegida do mundo. Apenas 4% da Amazônia brasileira é área de várzea e a Reserva Mamirauá possui um papel-chave na proteção desse ecossistema.

Segurança alimentar
Preocupado com a segurança alimentar o administrador da Manaus Moderna alerta para o retorno da comercialização indiscriminada do pescado nas ruas de Manaus. Outra situação que prejudica o feirante é o excesso de oferta que está concentrado nas mãos dos vendedores ambulantes. “Hoje em qualquer bairro tem uma barraca de peixe que vende porque tem quem compre sem se preocupar com a origem do pescado”, alertou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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