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Período de pandemia acelera inovação

Divulgação

Muitas empresas permanecem comprometidas com a missão de amenizar os impactos da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, elas estão passando por uma transformação digital, usando a tecnologia como uma aliada. As adaptações a esses dois desafios geram novos hábitos e modelos de relacionamento entre marcas e consumidores.

Em webinar promovido pela Consumidor Moderno, na última semana, as novas circunstâncias nas empresas foram debatidas por Marco Stefanini, CEO Global da Stefanini; Luis Gutiérrez, CEO da Mapfre Seguros; e Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão.

Agente acelerador

Manter um bom atendimento é uma das características que estão ajudando as empresas a superarem os imprevistos da crise e darem continuidade aos negócios. Por isso, com o isolamento, a Mapfre continua prestando todo apoio necessário aos seus segurados por meio dos canais digitais e telefone, mas migrou a maioria de seus colaboradores para o home office.

De acordo com Luis Gutiérrez, CEO da Mapfre, apesar dos prejuízos, a pandemia surgiu como um agente que acelerou a inovação. “Eu penso que o coronavírus não é um agente de mudanças, muitas pessoas dizem isso, mas acredito que seja mais um agende acelerador. A mudança já estava por aí, todos falavam, algumas empresas estavam no início e outras mais avançadas, mas o coronavírus veio para acelerar isso tudo”, afirma ele.

Para Stefanini, o quadro de isolamento social também provocou a possibilidade de as empresas transformarem projetos que estavam engavetados. “A necessidade faz a oportunidade. Hoje temos uma necessidade de digitalizar brutalmente, então, muitas das ideias que estavam ainda sendo avaliadas pelo mercado corporativo, agora estão sendo aceleradas. No fundo, faltava um pouco mais de decisão e um empurrão que agora foi dado”, comenta o CEO Global da Stefanini.

A importância de agir

Em uma crise há alguns fatores que podem aumentar a capacidade de inovação e superação. A primeira é a necessidade de ter planejamento. Depois disso, as empresas precisam estar convencidas do realmente querem fazer, permitir novas experiências e ter empatia com o próximo.

“Em primeiro lugar temos que ter convencimento absoluto de que somos capazes de fazer e que queremos colocar em risco nossa posição. Ou seja, estamos dispostos a sair da zona de conforto. Temos que pensar de outro jeito, temos que estar dispostos a fazer as coisas de outra forma, a nos relacionarmos de outra maneira, a sermos capazes de dirigir equipes remotamente”, afirma Gutiérrez.

Além disso, períodos de conflitos são considerados uma porta para a entrada de aprendizados. Para que isso ocorra com fluidez, as companhias precisam melhorar sua capacidade de ouvir, valorizar a humanização das relações profissionais e investir em intimidade social virtual com seus clientes e parceiros de todos os “níveis”.

“O primeiro ponto é ter uma cultura, ou pelo menos procurar implantar essa cultura, de empoderamento das equipes. O segundo ponto é ter um trabalho forte de comunicação em todos os níveis. Entre equipes e CEOs de todas as regiões, ter compartilhamento de ideias e melhores práticas… a gente nunca trocou tanta informação e experiências entre nós como agora”, ressalta Stefanini.

O futuro é “fora da caixa”

Como ambas empresas possuem forte presença em outros países que viveram o combate ao coronavírus algumas semanas antes do Brasil, as mudanças para conter a contaminação e prezar pela saúde dos funcionários e clientes ocorreram mais naturalmente por aqui.

“Tivemos menos dificuldade no Brasil do que alguns companheiros tiveram em outros países antes, mas, no mundo todo conseguimos estabilizar nossas operações, prestando todos os serviços e estamos tranquilos. Agora, é o momento de continuar. Se pararmos para pensar no avanço e na produtividade no futuro, temos algumas coisas muito importantes para analisar. Por exemplo, muitas companhias nunca fizeram home office antes, algumas até tinham projetos, mas era mais operacional e existia muito preconceito em relação a paradigmas que agora se quebraram todos”, comenta Gutiérrez.

Para as companhias, a fase mais complicada já passou e agora há a necessidade de pensar como será o futuro, trabalhando para continuar a boa produtividade e merecendo a confiança e credibilidade dos consumidores.

“A primeira fase foi focada em operar bem e cuidar da saúde das pessoas; na segunda fase, em que estamos agora, precisamos pensar o futuro. É hora de ter produtividade, de aproveitar o tempo em que estamos mais produtivos e com a operação estável… para planejar e executar uma série de planos para o amanhã”, explica Marco.

Segundo Gutiérrez, o que está por vir é empolgante, pois as pessoas estão aprendendo a criar relações mais humanas. Além disso, a possibilidade de personalização está cada vez maior e as experiências adquiridas nos últimos meses, será fundamental para a evolução nos próximos anos.

“Nos momentos de maior uso de tecnologias, viramos mais humanos. No momento de estarmos mais separados, viramos colaborativos e, no momento de maior dificuldade, demostramos que qualquer coisa é possível se trabalharmos juntos (…) Sempre falamos que devemos pensar fora da caixa. Chega disso, agora é o momento de reagir, atuar e fazer fora da caixa. Chega de somente falar, prever e planejar, devemos fazer”, ressalta Luis Gutiérrez.

Fonte: Redação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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