Vamos parar por um segundo e fazer uma reflexão? Quantas pessoas você soube que casaram-se esse ano? Quantos aniversários o facebook alertou e você deu os parabéns? Sem contar o número de posts com homenagens e fotos da festa esta semana que você viu rolando na sua timeline do instagram? E aquela sua amiga que ganhou bebê e todo mês faz uma festa para a criança, o tal do mêsversário. Ainda tem as confraternizações das empresas, o happy hour e até aquele dia especial que seu chefe decidiu comemorar porque a meta do mês foi batida! Agora, isso é só na sua vida. Imagina que cada conhecido certamente passa pela mesma coisa, pois, apesar de vivermos em uma pandemia, milhares de pessoas espalhadas pelo país neste exato momento estão pensando em comemorar algo e na maioria das vezes que isso acontece, elas recorrem a empresas especializadas em organização de festas. Eu, pelo menos, não lembro de ter ido a uma festa em que a anfitriã tinha feito, ela mesma, todos os comes e bebes. Mas vamos continuando. Estou certa de que, assim como eu, muitos de vocês quando pensam em festa lembram logo da coxinha ou do boliviano, do olho de sogra, do brigadeiro, aquelas delicias que a gente remete logo a festa infantil. E como coxinha lover posso dizer que é inadmissível uma festa sem elas. Porém hoje eu quero falar sobre os finger foods.
Na tradução literal do inglês, finger foods seria o mesmo que dizer “comida de dedo”, mas no sentido popular são pequenas porções que a gente pode consumir apenas usando os dedos. Eles são servidos em pequenos potinhos, colheres, palitos, talheres especiais etc. É tipo um primo rico das tradicionais guloseimas das festas, criado para ser uma culinária rápida, mas elegante. Petiscos elaborados, porções de pratos gourmets em louça, palitos, pães ou até legumes. Desde que os convidados consumam sem precisar usar garfos. Em alguns eventos inclusive, o jantar é totalmente substituído por várias pequenas porções e uma grande variedade das “entradinhas”. É uma nova forma de apresentar e consumir tais produtos.
E aí, já conseguiu saber do que estamos falando? Bom, nessa pandemia o brasileiro se entregou de cabeça aos doces, sobremesas e salgados. Para você ter uma noção, em levantamento do Grupo Pão de Açúcar, no primeiro semestre de 2020, mostra que o brasileiro consumiu 96% mais doces e sobremesa, seguidos de biscoitos salgados (85%) e salgadinhos (79%). Agora, apesar dessa visibilidade toda, será que nesta faixa do mercado está incluído o mercado de festas, aniversários, casamentos, confraternização? Como será que foi o ano para este setor? Será que vale a pena investir nesta área?
Eu acredito que sim, ainda mais se tratando do setor de festas e eventos. O mercado parado por conta deu pandemia, fez alguns empreendedores saírem da zona do conforto e inovarem. Foi a volta das serenatas, kit festas em caixas para eventos virtuais, as caixas surpresas. Um novo formato de entrega que pode continuar e com grande demanda, mesmo com a imunização da população. Sem contar que, é visível a sede que todos estamos pela retomada do setor de eventos.
Na coluna de hoje, eu tenho como convidada especial, a Chef e proprietária do Cannelle Petit, a primeira empresa de finger foods de Manaus, Suelen Barbugian.
Suelen é de uma família cheia de empreendedores e desde cedo, busca reconhecimento nacional na área em que atua. Assim como seu avô, que foi pioneiro na venda de Gelo em Manaus, a Chef enxergou há 8 anos, a chegada dos finger foods no mercado nacional e foi a primeira a abrir uma empresa do ramo na capital amazonense. Através da criatividade e com muito amor, transformou seu negócio em uma experiência gourmet especial e única para cada cliente.
A forma de apresentação dos finger foods é a parte mais importante de trabalhar com esse tipo de serviço. Não adianta só ter uma “mão cheia”, criar a receita mais incrível do mundo e na hora de colocar na mesa, não ter destaque, não estar ornamentado, bonito e chique na decoração. É nessa hora que surge a necessidade de contratar uma empresa experiente no segmento, visando garantir a qualidade e o sucesso do evento.
Como você chegou à ideia de montar o Cannelle?
Sou formada em Administração, mas sempre amei cozinhar. Uma amiga me propôs começarmos um negócio, estudamos as possibilidades, o mercado e o resultado final foi a Cannelle Petit. Desde então, meu amor pela cozinha vem aumentando tanto que hoje não me vejo fazendo outra coisa.
Qual foi a escolha mais difícil na hora de tirar a ideia do papel?
Abdicar finais de semana em família. Sou muito ligada à minha família, e muitas vezes estive ausente por conta do trabalho. Tanto que hoje em dia, o Cannelle não funciona mais aos domingos. Domingo eu só cozinho para ‘os de casa’, é o dia que me dedico 100% a eles.
Muitos empreendedores, principalmente no início, não acreditam que parar é tão importante quanto seguir. Eu costumo chamar esse momento de ócio criativo. É quando você dá espaço para absorver tudo que aprendeu, enquanto pratica atividades que te desligam completamente do teu dia a dia. É quando você clareia a mente, se reconecta consigo mesmo e além do fôlego, você recupera o brilho nos olhos e desperta inspirações que nem você sabia possuir.
Quais as dificuldades que você encontra nesse ramo?
Apesar de já ter melhorado muito, ainda somos bem carentes de alguns insumos essenciais para uma produção de qualidade, o que encarece muito o preço para o cliente final.
O que mais te motiva como chef do Cannelle?
O amor. É delicioso participar de momentos especiais na vida das pessoas. Desde nascimentos, aniversários, comemorações a dois, casamentos. São sempre momentos felizes. É entregar pequenas porções de amor em forma de comida.
Para o sucesso de qualquer ramo é necessário saber quem são seus clientes. Com os finger foods não seria diferente. Ao pensar no prato, pense também no seu cliente, escolha algo tenha a ver com ele e com a sua história e não esqueça que o ideal é ser degustado sem a necessidade de cortar ou de realizar manobras mais ousadas. São ótimos para festas e celebrações onde as pessoas circulam pelo ambiente.
Como foi o período da pandemia?
Foi bem desafiador. Tive que reinventar a cozinha, os produtos, modificar valores. Foquei nos presentes e na ideia de que era ainda mais importante demonstrar sentimento pelas pessoas que a gente ama e que estão ao nosso lado. Direcionei minha empresa para a entrega deste sentimento, seja através das lembrancinhas ou de finger foods.
Qual área da sua empresa mais te encanta?
Eu gosto muito do contato com as pessoas. Tanto que ainda hoje, faço questão de fazer o atendimento e ouvir cada cliente. Entendo que a experiência precisa ser única, especial e ter a cara do cliente.
Aqui temos a figura de um empresário que trabalha o atendimento humanizado, ou seja, antes de dar início a qualquer trabalho a empresa conversa com o cliente, escuta todas as razões, motivos, histórias etc., para criar um cardápio que seja a cara deste cliente. Atitudes como essa são diferenciais extremamente competitivos, pois além de oferecer um produto diferenciado, cria a sensação de que o cliente está sendo ouvido e sua história está sendo contada.
Pra você, o que é uma empresa de sucesso?
Uma empresa de sucesso é aquela que tem pessoas felizes cuidando dela.. aquela que tem suas próprias ideias e que respeita o cliente. Hoje, o Cannelle vive um momento muito próspero, saudável financeiramente e reconhecido de uma forma que me orgulha bastante
Se você tivesse um recado para o seu eu do passado o que você diria?
Ah, eu diria: vai sem medo. Confia em você menina!!!
O que você para aqueles que querem empreender, mas ainda não começaram?
O seu maior poder é ser você. Seja original e faça com amor que vai dar certo!
A Cannelle Petit, é uma empresa pioneira em finger foods em Manaus. No Cannelle você não precisa de um evento ou um grande buffet para contratar seu menu. São pequenas porções de amor a sua mesa para qualquer ocasião. Acesse @cannellepetit nas redes sociais e tenha uma experiência incrível com doces e salgados personalizados.
Foto/Destaque: Divulgação