Vejo como algo louvável e até uma questão ética por parte da vereadora Wilma Queiróz. Mas, esse pedido de afastamento da vereadora remete ao fato que há dois direitos neste caso há serem discutidos: o direito regimental da vereadora de se licenciar para se dedicar a campanha política, que é um direito individual. E o direito coletivo da cidade de Manaus de ter esta instituição funcionando, com todos os seus vereadores. Na minha opinião, o interesse coletivo se sobrepõe aos interesses individuais, inclusive os nossos”. Assim o presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Luiz Alberto Carijó, se posicionou ontem sobre o pedido de licença da vereadora Wilma Queiróz (PTC) que pretende se afastar das atividades plenárias para se dedicar integralmente a campanha eleitoral deste ano. Carijó explicou que o afastamento da vereadora abre precedentes para que os outros parlamentares que são candidatos, num total de 19, incluindo Wilma Queiróz, também peçam licença e se afastem dos trabalhos em plenário. “Isso significa 50% do total de vereadores. Poderíamos incorrer no erro de não ter mais quorum para votação de projetos e os interesses da população estariam prejudicados”, argumentou Carijó, acrescentando: “Imagina se no último mês de campanha, onde a luta por uma vaga fica ainda mais acirrada, todos os vereadores-candidatos decidissem pedir licença ao mesmo tempo. Isso significaria o Parlamento fechado por 30 dias”. Mas, Carijó fez questão de destacar que muitos desses questionamentos fazem parte de suas convicções pessoais sobre a importância do papel do parlamentar em plenário, mesmo em ano eleitoral, e que pretende manter o posicionamento que tem tido na presidência de chamar os vereadores para o diálogo, principalmente em questões como esta, que dizem respeito à instituição como um todo. “Não conheço precedentes para tal fato, que eu lembre, nem neste Parlamento e nem em nenhum outro. Um pedido de licença para participar de campanha política. Todos os vereadores desta Casa já estão convocados para uma reunião, às 15:30 hs, onde teremos uma discussão aberta, para haver uma decisão institucional.
Pedido de afastamento gera confusão na CMM
Redação
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