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PC do B apresenta fatura de apoio à Dilma

Preocupado em ampliar seu espaço no governo Dilma, o PC do B apresentou ontem ao presidente do PT e integrante do governo de transição, José Eduardo Dutra, a fatura de apoio nos oito anos do governo Lula e suas expectativas em relação à composição dos ministérios da petista. O partido também entregou uma carta com sugestões de medidas para serem adotadas pela presidente eleita, Dilma Rousseff, com relação à políticas de salário mínimo, saúde e jornada de trabalho. Atualmente, o PC do B conta com Orlando Silva no ministério dos Esportes, além de cargos na ANP (Agência Nacional do Petróleo) e na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Há interesse ainda em áreas ligadas aos movimentos sociais, como as secretarias de Mulheres, Juventude ou Igualdade Racial, além de Cultura e Ciência e Tecnologia.
Segundo o presidente do PC do B, Renato Rabelo, o partido espera reconhecimento pelo apoio durante o governo Lula. Rabelo lembrou indiretamente o episódio do mensalão (esquema de pagamento de propina a parlamentares). “O problema não é que agente não abre mão. É que o PC do B, como responsabilidade de governo, cumpriu o seu papel e ela [Dilma] é que vai ter que levar em conta isso. E não é de agora, o primeiro governo Lula, no momento mais difícil de crise, o PC do B deu a sua contribuição com Aldo Rebelo. Então, nós demos a nossa contribuição”, disse. Rabelo afirmou que não haverá pressão do partido nem mesmo para a manutenção de Orlando Silva. Ele disse, no entanto, que seria um movimento natural porque o PC do B foi responsável pela pasta nos dois mandatos do presidente Lula. “Não chegamos para pedir a permanência de nenhum ministro. Isso cabe à presidente. Apresentamos a nossa contribuição, a experiência e os resultados. Ela é quem vai aferir os quadros para verificar a permanência e até mesmo novos nomes”, disse.
Em relação a carta, o presidente do PC do B adiantou apenas que é preciso colocar em prática um “programa imediato” de políticas sócio-econômicas e na área de saúde. “O PC do B, na formação do governo, sempre parte da ideia de que é necessário plataformas, programa e objetivos políticos. Não pensamos em participar sem ter uma definição mínima do governo. Na fase atual, para um novo governo, é preciso um programa imediato, de questões candentes”, disse.
Para o presidente do PC do B, a recriação da CPMF, o chamado imposto do cheque não seria a melhor solução para mais investimentos na saúde. Ele defendeu ainda um aumento maior para o salário mínimo além da inflação, tendo em vista que o PIB de 2008 foi próximo de zero. Rabelo disse ainda esperar adoção a curto prazo de medidas mais protecionistas na economia para diminuir os efeitos da guerra cambial entre China e Estados Unidos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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