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Pavimentação da BR-319 é vital para escoamento

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Parece que desta vez, sai. A tão esperada pavimentação da rodovia BR-319 deve começar ainda neste ano, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. A recuperação da estrada é vital para escoar a produção da ZFM (Zona Franca de Manaus) em direção aos grandes centros consumidores do eixo Sul-Sudeste.

Recentemente, Freitas esteve reunido com dois parlamentares amazonenses – o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado federal Átila Lins (PP-AM) – em Brasília, oportunidade em que confirmou a execução das obras.

“A pavimentação BR-319 é a grande prioridade do Ministério da Infraestrutura”, voltou a anunciar o ministro Tarcísio Freitas, repetindo a mesma garantia dada quando esteve em visita no Amazonas, no ano passado.

No encontro, Braga ressaltou a conclusão da pavimentação dos 51 quilômetros da BR-163 que agora permitem a ligação de Mato Grosso aos portos de Miritituba (PA). “Se Deus quiser, vamos começar as intervenções na BR-319. Estamos cheios de esperança depois de vermos a BR-163 asfaltada e concluída”, disse o senador.

Segundo o mnistro Tarcísio de Freitas, as obras na rodovia devem começar ainda no verão deste ano. Ele informou que a Secretaria Especial da pasta cuida de todo o processo de licenciamento para a execução de projetos parados em estradas por impasses ambientais, como no caso da BR-319.  

“Sabemos da importância da estrada para o Amazonas e estamos compromissados com a execução desse projeto, fundamental para o desenvolvimento da Amazônia Ocidental”, afirmou. 

O próprio presidente Jair Bolsonaro, envolto hoje em diversas pendengas políticas que ganham ressonância até no exterior, garantiu que a rodovia BR-319 será recuperada este ano. “É uma garantia do meu governo. Temos consciência de quanto a estrada é importante para dinamizar a economia do Amazonas e também dos outros Estados da Amazônia Ocidental”, ressaltou.

Custos e polêmica

Ao longo dos anos, o assunto tem sido uma árdua bandeira de luta para viabilizar a ligação rodoviária do Amazonas ao resto do País. Para especialistas, o argumento, porém, de que o projeto ficou emperrado durante décadas por questões ambientais não convence e está mais ligado a interesses políticos e econômicos.

“A devastação florestal começou desde a construção da BR-319 pelo governo militar a partir de 1970. Ninguém tocou nessa questão quando a propaganda do ‘integrar para não entregar’ rasgou as florestas do Brasil para dar lugar a estradas. O que tinha de devastar já aconteceu. O que existe agora é só a estrada, que precisa ser só recuperada para dar condições de tráfego”, avalia o economista Ailson Resende.

O investimento nas obras é altíssimo. Cada quilômetro de pavimentação da rodovia BR-319 custará R$ 3 milhões, em média, chegando por volta dos R$ 1,2 bilhão necessários para a conclusão dos 400 quilômetros da rodovia federal. 

O deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), entusiasta do projeto, disse estar esperançoso pela realização das obras após as intensas reuniões da bancada e dos governadores dos quatro Estados da Amazônia Ocidental mantidas com o ministro Tarcísio Freitas, em Brasília. “O ministro se comprometeu em tirar o projeto de recuperação da estrada do papel. Portanto, vamos esperar”, afirmou.

A BR-319 permite o intercâmbio comercial e cultural entre os quatro Estados da Amazônia Ocidental e com o resto do País, mas é preciso ainda retomar o tráfego na estrada, segundo especialistas. E é uma boa estratégia econômica para escoar a produção do PIM (Polo Industrial de Manaus). 

Além das opções da navegação marítima de cabotagem, rodofluvial e das vias aéreas, hoje já bastante utilizadas, o Amazonas poderá contar com mais uma alternativa para levar seus produtos a outros mercados com grande potencial de competitividade, avaliam consultores econômicos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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