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Parlamentares divididos em polêmica com prefeito

A discussão entre o prefeito Amazonino Mendes (PTB) e uma moradora da área de risco do Morro Santa Marta, no bairro Monte das Oliveiras, ocorrida na última segunda-feira, está dando o que falar. O assunto foi o tema de ontem, 22, de embate entre os parlamentares da CMM (Câmara Municipal de Manaus), alguns ameaçam até pedir a ‘cabeça’ do chefe do Executivo.
A oposição da Casa está dividida entre pedir o “impeachment” ou uma “punição exemplar” para Amazonino, que tenta agora se desvencilhar do estigma de xenofóbico. O vereador Joaquim Lucena (PSB) afirmou que está analisando, junto ao seu partido, a formulação do pedido de impeachment para o prefeito.
O vereador alega que a conduta de Amazonino para com a moradora foi desrespeitosa e contrária ao cargo que ocupa. Lucena, que é paraense, sentiu-se indignado com as declarações do prefeito.
“Vou discutir com os vereadores da base, acredito que eles usarão o bom senso diante de tudo que aconteceu. Quero acreditar que minha proposta terá o apoio da oposição”, falou.
Respondendo às críticas de seus colegas de Plenário, Leonel Feitoza (PSDB), líder do prefeito na Casa, acusou Lucena de estar “extrapolando” o uso de suas prerrogativas.
“O vereador está extrapolando o uso de suas ações quando sugere a saída do prefeito do cargo. Ele estava ali para salvar a vida daquelas pessoas, ele alugou 50 casas para que sejam ocupadas por elas”, destacou.
Em resposta ao atual líder de Amazonino na CMM, Lucena relembrou em seu discurso uma Lei proposta na última legislatura por Feitosa, que diz que, no caso de um político descumprir suas promessas eleitorais, ele poderá ser deposto de seu cargo.
“Dois anos e dois meses se foram e a maioria das coisas prometidas por Amazonino não saíram do papel. Farei minha parte com o pedido de impeachment, se ele não se concretizar espero, ao menos, que ele seja punido de forma exemplar”, ressaltou.

Amazonino diz que procura soluções

Quem também criticou a postura adotada por Amazonino foi o petista Ademar Bandeira, que sugeriu que o prefeito passe por tratamento médico.
“Ao invés de conseguir soluções para as mazelas da população, ele simplesmente usa de discriminação para com os imigrantes, que também geram riquezas para o Estado”, ressaltou.
Em defesa do irmão, a vereadora Marise Mendes (PTB) chegou a afirmar que adotaria a mesma postura se estivesse no lugar de Amazonino. Segundo ela, o caso está sendo manipulado e mal interpretado.

Na ALE

O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) criticou a atitude do prefeito, a quem ele chamou de descontrolado e incompetente para resolver os problemas da cidade.
O parlamentar também exigiu que Amazonino se retratasse com a população que se sentiu ofendida com a atitude.
De acordo com ele, Amazonino fez muitas promessas, mesmo sabendo que não conseguiria concretizá-las.
“Desde o início do mandato ele mostra incompetência para resolver as questões básicas da cidade. Agora, além da incompetência ele mostra descontrole ao destratar uma mulher que perdeu tudo em um desabamento. É bom lembrar que ele é um dos políticos que mais incentivou invasões no Estado”, lembrou.

OAB

Consultado pelo Jornal do Commercio, o presidente da OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil), Antonio Fábio Barros de Mendonça, disse que está acompanhando o caso pela mídia, mas que acredita que os vídeos são insuficientes para que a Ordem intervenha com ações jurídicas.
“Ouvi em uma rádio que as Tv’s estão divulgando apenas um pequeno trecho da conversa entre o prefeito e a moradora. A OAB não entrará nesse mérito”, analisou.

Amazonino divulga nota após discussão

O prefeito afirmou não se esconder dos problemas da cidade, por isso foi pessoalmente a área de risco, onde na madrugada do domingo passado morreram três pessoas, vítimas de soterramento. Ele disse estar percorrendo o local a procura de soluções para o problema.
Segundo a nota, o episódio ocorreu por conta do clima emocional alterado, e pela recusa dos moradores em sair do local de risco.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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