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Parceria entre Eletrobras e CNI cria selo de eficiência para redução de energia

A aplicação do selo de eficiência energética em transformadores de redes de distribuição de energia, indicando seus níveis de consumo, como ocorre nas residências com geladeiras e televisores, será o próximo passo da cooperação entre a Eletrobrás e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para consumo racional de energia na indústria.
O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, e o diretor de Tecnologia da Eletrobrás, Ubirajara Meira, assinaram nesta terça-feira, 30 de março, na sede da CNI, em Brasília, acordo de cooperação técnica que, entre outros objetivos, executará programas de capacitação e qualificação para eficiência energética no setor industrial, no âmbito do Programa de Conservação de Energia Elétrica na Indústria, o Procel Indústria.
Um dos programas previstos no acordo incluirá a etiqueta de eficiência energética em transformadores industriais, anunciou o diretor-geral do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Paulo Afonso Ferreira, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), que também assinou o protocolo. O selo indica a eficiência energética e a qualidade dos transformadores.
”O acordo com a Eletrobrás é de grande alcance, porque energia é recurso limitado e existe sempre a necessidade de se buscar eficiência para o bom uso desses recursos”, enfatizou Monteiro Neto. Segundo o diretor de Tecnologia da Eletrobrás, o acordo com a CNI, que tem ainda a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), permitirá identificar mais setores industriais com potencial de economia no consumo de energia. “A eficiência energética é um bom negócio para o empresário”, assinalou Ubirajara Meira.
O estabelecimento de índices mínimos de eficiência energética para os transformadores reduzirá as perdas técnicas de energia na rede de distribuição e, consequentemente, diminuirá a conta paga pelos consumidores. “Além do combate ao desperdício, do melhor aproveitamento dos recursos naturais, haverá uma redução nos custos de energia”, explica o analista de energia da CNI Rodrigo Garcia.
Estudos indicam que as indústrias brasileiras têm condições técnicas para produzir transformadores 30% mais eficientes do que os disponíveis no mercado. Existem, atualmente, cerca de 2,5 milhões de transformadores instalados nas redes de distribuição de energia do país. As indústrias do setor colocam aproximadamente 130 mil novos aparelhos ao ano no mercado.
Levantamento realizado pelo Procel Indústria, parceria firmada entre a CNI e a Eletrobrás em 2004, revelou que os programas federais de racionalização do consumo dão prioridade aos setores residencial, comercial e público, que respondem por apenas 15,8% do consumo, enquanto a indústria é responsável por 40,7% do uso de energia no país.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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