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Paralisação prejudica a economia

Todos os setores da economia de uma forma geral perdem com a paralisação do transporte coletivo, mesmo que parcialmente em Manaus. Neste caso específico, os usuários da zona Leste chegarem atrasados nos seus compromissos, seja de serviços, saúde, lazer, comércio. Também ficam a mercê de terem que desembolsar um valor mais alto por outro tipo de transporte. Assim todo usuário ligado a esse serviço básico essencial perde com a paralisação do transporte coletivo. Que, segundo especialistas, na economia em escala maior ou menor todos vão perder com a paralisação do transporte coletivo de qualquer natureza por se tratar de um serviço essencial à população.

Perda coletiva

De acordo com a conselheira do Corecon-AM, Denise Kassama, na economia em escala maior ou menor todos vão perder com a paralisação do transporte coletivo de qualquer natureza por se tratar de um serviço essencial à população.
Denise também disse que em maior ou menor grau, a cidade inteira perde, “todo mundo perde com uma greve dessa natureza, apesar de atingir 200 mil pessoas diretamente, tudo isso vai gerar reflexo na cidade inteira”, afirma. Ela elencou algumas questões costumeiras que se aplicam neste caso: Há pessoas que não conseguiram chegar aos seus trabalhos, portanto, o trabalho e a empresa ficaram prejudicados nessa operação porque não pode oferecer um serviço melhor para os clientes. Há crianças que deixaram de ir para a escola e receber o aprendizado.
Parte da frota existente na cidade foi realocada para minimizar o reflexo dessa paralisação. Entretanto, os outros usuários do transporte coletivo, que já sofrem atualmente com a situação precária do transporte, vão sofrer ainda mais com a frota alocada para essas regiões. Para a conselheira todo mundo sofre, até os grevistas que correm o risco de perderem esses dias de paralisação, com desconto na folha de pagamento. “Perdem os empresários sem a receita desses dias que vai faltar na contabilidade no fim do mês. É isso: todo mundo perde, pela falta de um servico público essencial ao desencadear uma série de consequências negativas para a economia”, alertou Denise Kassama.
Segundo o presidente do SECM (Sindicato dos Empregados no Comércio de Manaus), José Ribamar do Nascimento, essa paralisação “sem dúvida” atrapalha todo o segmento comercial em Manaus. Atrasa o desenvolvimento do comércio com os trabalhadores chegando atrasados e algumas lojas tendo que abrir mais tarde, também. “Nesse sentido atrapalha mesmo, ainda não recebemos reclamações do comércio em relação a essa paralisação do transporte coletivo, e o número de faltas no comércio foi muito pouca, quase irrelevante, mas estamos alerta porque o reflexo pode demorar um pouco mais para aparecer de qualquer forma no resultado apurado no fim do mês”, frisou.
José Ribamar espera que as autoridades tomem providencias junto com o sindicato da categoria dos transportes, “no sentido de que não venha a trazer prejuízos não só ao empresário como ao trabalhador, e com o trabalhador faltando fica bem difícil”, alertou.

Perda de receita

A própria empresa Global Green, foi citada como um dos casos de perda de receita. Podendo ultrapassar R$ 2,2 milhões, quando equacionar cerca de 300 ônibus parados no pátio da empresa, que deixaram de circular e de atender mais de 200 mil usuários por mais de 48 horas. Lembrando que a tarifa do transporte coletivo em vigor em Manaus é de R$ 2,75 e R$ 1,35 a meia passagem de ônibus.
De acordo com presidente do STTRM (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário em Manaus), Givancir Oliveira, motoristas e cobradores da empresa Global paralisaram as atividades para cobrar o pagamento de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O resultado foram mais de 200 mil usuários do transporte coletivo da zona Leste da cidade surpreendidos com a paralisação que resultou em um problema para todos.
A SMTU (Superintendência Municipal de Transportes Urbanos) esclareceu em nota que havendo necessidade irá remanejar ônibus de outras empresas do sistema de transporte coletivo para circular em linhas operadas pela empresa Global, caso a greve dos funcionários tenha continuidade. O plano emergencial visa deslocar ônibus para atender a demanda de usuários nos principais corredores das zonas Norte e Leste e nos Terminais de Integração T4 e T5, priorizando as linhas que seguem para o Centro, zona Sul da cidade, local de maior concentração de comércio e serviços.

Justiça

A desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Ormy Conceição Dias Bentes, determinou a retomada imediata da circulação dos ônibus que servem ao transporte público e de trabalhadores da Global Green, que paralisaram as suas atividades logo após a intervenção do Sindicato dos Rodoviários ao impedir a saída dos coletivos da garagem da empresa. A decisão foi assinada na manhã de sexta-feira (16), em deferimento à solicitação protocolada pelo Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas).
O prefeito de Manaus, Arthur Neto esclareceu que a paralisação é ilegal porque deveria ter sido comunicada com antecedência à empresa, à prefeitura, à delegacia e à Justiça do Trabalho. “Os órgãos vão dizer quantos ônibus tem que funcionar, declarar a legalidade ou não da greve e determinar se eles podem ou não prosseguir. Do jeito que foi feito, é crime claro contra a cidade. É intolerável e eu não vou tolerar. Meu governo não vai tolerar que ajam criminosamente. Quem age criminosamente é criminoso”, disse.
O presidente do STTRM, Givanci Oliveira, foi detido por Policiais da Força Tática, nas dependências empresa Eucatur, no bairro da Cidade Nova, zona Norte de Manaus, na tarde de sexta (16) e encaminhado ao 15º DIP (Distrito Integrado de Polícia), no mesmo bairro da ocorrência por desobediência, obstrução de via pública com prejuízo ao trânsito e incitação à violência. Os policiais tentavam desobstruir o local para que os ônibus da empresa voltassem a circular.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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