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Para conhecer o slackline

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Os slackliners surgiram como quem não quer nada, há alguns anos, nas praças de Manaus. Hoje se espalham pela cidade e só o Clube Amazonense de Slackline reúne 105 aficionados pelo esporte. E o clube fundado em janeiro de 2016 já prepara o 1º Encontro de SlackLiners do Amazonas, tendo como meta a reunião dos demais grupos e praticantes do slackline no Estado. Durante o Encontro haverá um campeonato com três modalidades do esporte.

Para o Encontro já estão confirmados os grupos Amerê Slakcline, Reis do Slackline e Slack Jungle, de Manaus. Do interior do Estado virão o Iranduba Slacklike e o Parintins Slackeline, falou o presidente do Clube, Ildefonso Brelaz. “Esperamos reunir em torno de 500 praticantes do esporte, mais os admiradores e os curiosos, que querem praticá-lo, mas ainda não se arriscaram”, disse.

Benefícios do esporte
Brelaz começou a praticar o slackline há três anos, sem compromisso. “Achei bacana e tão logo comecei a praticá-lo, vi que houve um retorno para o meu corpo e minha mente. Pelo fato de exigir concentração, você esquece dos problemas e acaba se desestressando e, como qualquer esporte, o exercício melhora o condicionamento do seu corpo”, garantiu.

Segundo o slacker, a modalidade também é boa para a coordenação motora, pois como exige equilíbrio, a pessoa acaba ‘desenferrujando’ essa deficiência do cérebro. “Você aprende que não deve olhar para a fita enquanto estiver andando sobre ela. Deve apenas ter a certeza que ela está ali sob seus pés. Crianças com hiperatividade ficam mais calmas e concentradas”, ensinou. Ainda falando sobre crianças, Brelaz afirma que é nessa fase que se pode começar com o esporte e o limite de idade é o quanto o corpo permitir. Em Manaus os grupos praticam três modalidades do esporte: o lowline, o trickline e o longline (ou speedline). O lowline é para iniciantes, que só irão andar. A fita de 10 a 15m de comprimento, com 4cm de largura, fica a 60cm do chão; o trickline é para os avançados. A fita de 25 a 30m de comprimento, com 3,5 a 4cm de largura fica a 1,5m do chão, e bem esticada para que o praticante possa fazer manobras, piruetas e acrobacias; o longline é para os bem avançados. A fita de 30 a 50m de comprimento, com 3cm de largura, fica a 1,5 a 2m do chão. É bamba, dificultando as práticas.
E ainda tem o highline, aquele que é praticado com a fita colocada entre prédios ou montanhas. A fita tem apenas 2cm de largura. “É só para os super avançados e com muita coragem, mesmo tendo todos os equipamentos de proteção. Outra variação é o waterline, que é a modalidade sobre as águas. Em breve planejamos organizar eventos com as duas modalidades”, adiantou Brelaz.

No encontro, o Clube ainda promete uma atração nacional, a rapper paulista Isabela Almeida, a Mana Bella, que também pratica slackline e é campeã sul-americana. “As inscrições para o Encontro podem ser feitas até o dia 15, ao preço de R$ 30, com direito à blusa do evento. Todos os competidores irão ganhar Certificados de Participação, medalhas e troféus nas competições de lowline, trickline e longline”, listou. O 1º Encontro de SlackLiners do Amazonas acontecerá na Mini Vila Olímpica do Santo Antônio, das 9h às 18h, num domingo que promete ser muito animado. Já estão confirmadas as bandas Natty dos Anjos (reggae mesclado), Capim na Palheta (rock experimental), Nirvana dos Pobres (punk e hardcore), Ambrisia (grunge e alternativo), Marcelo Dourado (rock pop) e Versátiuns (rock nacional). Independente do Encontro, as pessoas interessadas em iniciar no slackline podem procurar algum dos grupos citados acima, ou o Clube Amazonense de SlackLine. “Estamos todas as quartas, sextas e sábados, das 18h às 21h no CSU do Parque Dez. Lá ensinamos gratuitamente as modalidades do esporte. Os telefones de contato são o (92) 9 9262-3993 e 9 8207-4848. Nosso objetivo futuro é ter atletas amazonenses competindo nacional e internacionalmente”, afirmou.

Esporte em evolução
O slackline é o esporte do momento. Ao andar pelas praias, praças e parques é possível ver praticantes evoluindo cada vez mais neste esporte que une a mente e o corpo. O slackline surgiu graças aos praticantes de escalada. Quando estavam nas montanhas, e as condições climáticas eram desfavoráveis para que subissem até o topo, esticavam suas fitas e ficavam praticando o que hoje é conhecido como slackline. Como tudo nessa vida, o slackline evolui e hoje já existem campeonatos nacionais e mundiais para a modalidade esportiva e também marcas focadas no esporte, como a Gibbon, que é especialista em criar slacklines de todas as modalidades. Além de ser um esporte completo, o slackline auxilia na prática de outros esportes como o skate, surf, yoga e outras atividades que necessitam do uso do equilíbrio e da concentração.

O praticante consegue se divertir em qualquer tipo de fita, mas existem modalidades. O trickline é a modalidade onde os praticantes efetuam manobras de salto na fita, algo que exige um nível de prática mais avançado e, quem tiver interesse nesse estilo deve optar por fitas mais elásticas. Para quem já viu vídeos de pessoas praticando o slackline em cima d’água, esse é o waterline, que pode ser considerado uma das formas mais divertidas de se praticar o esporte. 

Já o highline é a modalidade que exige mais experiência e equipamentos de qualidade, pois é feito no alto das montanhas, ou prédios.

Os praticantes esticam a fita de uma montanha a outra e a atravessam, por isso é preciso que, além de saber andar na fita, se conheçam técnicas de escalada e montanhismo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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