A produção e o número de empregos na indústria cresceram no terceiro trimestre de 2009 em comparação ao trimestre anterior, segundo sondagem industrial divulgada na quainta-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). É o primeiro resultado positivo após três trimestres de queda. No entanto, o desempenho do período é inferior ao de 2008, o que indica que a indústria ainda não recuperou o fôlego que tinha antes da crise.
Segundo a pesquisa, o indicador de produção ficou em 56,6 pontos -como está acima dos 50 pontos, o dado indica aumento da atividade. Mas, na comparação com o mesmo período de 2008, o indicador ficou 1,2 ponto menor. Já o índice de emprego industrial atingiu 52,3 pontos. A CNI acredita que a indústria ainda terá um resultado negativo em 2009, principalmente os setores muito afetados pela queda da demanda externa e pela seca de crédito. Mas muitos entraves ao crescimento estão sendo sanados, como o excesso de estoque.
“O processo de ajuste de estoques chegou ao fim, mostrando que, a partir de agora, o crescimento deve se tornar mais freqüente’’, afirmou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da CNI. Com a redução de estoque, as empresas passam a refletir rapidamente o aumento de demanda com produção.
Com a queda nas exportações e os problemas na taxa de câmbio e escassez de investimento, a demanda doméstica é apontada como o centro de otimismo da recuperação em curso. Mas a CNI acredita que a normalização completa da indústria virá apenas quando exportação e investimento voltarem a patamares positivos.
O setor que apresentou desempenho frustrante foi o de bens de capital. Estoques muito elevados, evolução tímida da produção e utilização da capacidade instalada abaixo do planejado mostram que os efeitos da crise ainda não foram superados nessa área.
De acordo com Renato da Fonseca, gerente-executivo da confederação, apenas 15% das empresas afirmou estar operando em nível acima do usual. Os setores de perfumaria e matérias de transporte tiveram os maiores níveis de operação de capacidade.
Para a CNI, produção e empregos sobem após três trimestres de queda
Redação
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