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Pandemia não parou a arte e criatividade em Manaus

Não teve pandemia que fizesse os cantores barés parar de produzir seus trabalhos musicais, singles, videoclipes, álbuns, lives. O isolamento os inspirou ainda mais a apresentar novos trabalhos para os fãs.

Comemorando 40 anos de carreira, Cileno lançou o álbum, “Cileno – 40 anos de estrada”. O trabalho faz um passeio por vários sucessos compostos e gravados por ele ao longo da carreira, com músicas conhecidas do público amazonense como “Mimo de beija-flor”, “Www. I love you”, e “Lusis”.

“É uma releitura de onze gravações antigas e uma música inédita de bônus. Foi uma forma de brindar o público que me acompanha ao longo da carreira e prestigia o meu trabalho”, disse.

As garotas sambistas do “Samba com as moças” lançaram a música “Na esquina”, de Alessandra Vieira, composta por ela no fim de 2020, durante o isolamento social. “Assim que retornaram os trabalhos este ano, a banda apresentou a música nova ao público. É um samba que fala de empoderamento feminino, e apesar de estar sendo divulgada nos shows, ainda não foi para o estúdio e nem chegou às plataformas digitais. A previsão é que esteja produzida e disponível nas plataformas até dezembro”, avisou.

Sambistas devem produzir e disponibilizar material até dezembro – Foto: Divulgação

Cantora, compositora e produtora musical, Elisa Maia lançou o single “Todo poder curativo”, tendo como referência a cantora canadense Alanis Morissette. O single veio acompanhado de uma versão audiovisual com fotos e vídeos de Elisa.

“Em tempos de profundo luto coletivo, a letra ganha outras camadas de significados que não se conectam com uma ideia de ‘pacificação acrítica’, mas de autoconsciência e cuidados coletivos para as lutas que ainda virão”, disse.

Novidades em 2022

O cantor e compositor Matheus Santaella lançou o single “É só aceitar”, para completar seu EP. Aproveitando o isolamento social para compor e trabalhar suas músicas, Santaella já havia disponibilizado nas plataformas o single “Horizonte”. E ainda brindou o público com “Vinte minutos”. A música tem um refrão marcante, cheio de backing vocals, e muito balanço.

“Este ano já participei de um show audiovisual chamado Banzeiro Novo, gravado no Teatro Amazonas junto com outros cinco artistas. Para o ano que vem, minha pretensão é lançar músicas novas”, destacou.

Três anos após o lançamento do EP “Acontecer”, Karen Francis reapresentou o seu material de estreia com uma nova roupagem na produção audiovisual “Acontecer – ao vivo”. Com uma câmera intimista e um cenário de folhas caídas que representam a renovação e o encerramento de um ciclo, “Acontecer – ao vivo” reúne as cinco faixas da obra original, sobre dramas amorosos, liberdade e desejos, desta vez com novos arranjos e uma atmosfera mais guiada pelo ritmo do R&B.

“Como atualmente estou trabalhando na produção do meu próximo álbum, achei justo encerrar o ciclo dessa obra com um show lindo que fizemos e me despedir de um período tão nostálgico e importante para mim e para quem me acompanha”, lembrou.

Um misto de música, sustentabilidade e poesia amazônica. Assim é o novo DVD do rapper Jander Manauara, “Do rip-rap ao flutuante”, lançado por meio do seu canal no YouTube.

O mais novo trabalho de Manauara é uma releitura de seus três primeiros álbuns, “Num vale 1 real”, de 2009; o “Grelhante”, de 2013, e o “Manauara em extinção”, de 2015, e comemora os 20 anos de atividades musicais do artista.

“Eu tentei trazer para dentro desse DVD, a fala de pessoas que são próximas da temática sustentável, que trabalham com as questões ambientais, que possuem valores voltados para as questões sustentáveis”, ressaltou.

Estilos variados se destacam com criatividade 

Evelyn Félix criou personagem Unna em meio a pesquisa na internet – Foto: Divulgação

Comemorando os 13 anos da banda, a Alaíde Negão lançou o álbum “Cantos da beira”, reunindo nomes como Márcia Novo e Marcelo Nakamura, entre outros.

“Queríamos muito poder gravar com o público. Conseguimos e fizemos do jeito que era possível”, revelou Davi Escobar, vocalista da banda.

O rapper Ian Lecter lançou a música “Desde cedo”, acompanhada de um videoclipe. Conhecido como “o mais escuro do Norte”, Lecter é um representante da periferia de Manaus, e se orgulha disso.

“O futuro que vislumbro é que cada vez mais os artistas da periferia consigam agregar outras linguagens em seus videoclipes e assim fortaleçam uma cadeia de pessoas que vivem e se destacam por sua criatividade”, afirmou.

Depois de lançar o single “Your crime-UNNA”, a cantora Evelyn Félix também estreou um videoclipe com referências à cultura geek, pop e Sci-fi. Para completar, ainda fez uma live para seus fãs.

“Estava em casa pesquisando algumas perucas na internet, quando resolvi criar a personagem Unna. Daí me inspirei em escrever a música Your crime e pensar no clipe”, contou.

A história de um amor que nasceu no meio da quarentena. Assim é “Linear”, single com piano e voz lançado pela cantora e compositora Duda Raposo.

“Além da música ser uma maneira de expressão, tenho certeza que é uma forma de confortar o coração de quem escuta”, ensinou. Duda planeja lançar um álbum ainda este ano.

O compositor e violonista Magaiver Santos apresentou o álbum audiovisual “Vermelho”, um marco importante em sua carreira solo de cantor. Ele também integra as bandas Casa de Caba, Sindicato dos Artistas Carentes e Os Maninhos.

“O registro audiovisual resume uma década de experimentação rítmica e poética no mercado fonográfico amazonense, trazendo um repertório autêntico e contemporâneo”, explicou.    

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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