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Panasonic deve reduzir linha de produção no PIM

O PIM (Polo Industrial de Manaus), deve sofrer mais um desfalque no setor produtivo local.  Dessa vez, o anúncio partiu da fabricante Panasonic, que até dezembro, reduzirá a sua linha de produção e encerrará as atividades de fabricação de TVs  e de áudio em todo país.

Apesar da empresa alegar que a decisão faz parte de uma estratégia global, com foco na sustentabilidade do negócio, não deixa de afetar a indústria. Representantes do setor produtivo interpretam a saída como necessária, mas não deixam de manifestar preocupação. 

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) Nelson Azevedo, reforça que a Panasonic foi um ícone na produção de televisores, com muita tecnologia embarcada e uma forte reputação junto aos consumidores brasileiros. Deixa de produzir o TVs no Polo Industrial de Manaus, mas continua com sua fábrica para a produção de outros segmentos. 

Mas ao mesmo tempo que ele exalta a empresa, também questiona se o ambiente de negócios está gerando atratividade suficiente para manter os investimentos na região, ou se existem obstáculos para a operacionalização das indústrias, pois precisamos estar à frente para evitar que investimentos deixem a região e migrem para outros estados ou países. “Esse parece não ser o motivo da Panasonic encerrar a produção de TVs, mas é um alerta.

Ele lamenta que 130 postos de trabalho diretos serão desativados, e acredita que outros fabricantes de TVs instaladas na Zona Franca de Manaus irão abastecer as prateleiras das lojas onde até então eram ocupadas pelas TVs da marca Panasonic”. 

Antonio Silva, presidente da Fieam, se diz preocupado que esse movimento vai acarretar na redução de postos de trabalho. “Neste momento todo e qualquer perda de empregos é sentido, mas como se trata de um posicionamento de mercado e estratégia da empresa temos que respeitar a decisão”, comenta o presidente. 

De acordo com o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, essa decisão da empresa não foi tomada repentinamente, e está ligada à análises de mercado.“É uma decisão da empresa no mundo. Essa decisão não foi tomada do dia para a noite, foi uma questão pensada, estudada e pautada na mudança de mercado. Hoje, existem outros players neste segmento que produzem a custo bem menor com margens menores, o que levou a empresa a decidir descontinuar a produção de televisores. Temos que respeitar a decisão da empresa”. 

Segundo Périco, o grande desafio é realocar as pessoas que perderam os seus empregos. Temos que trabalhar pensando no mais importante que são as pessoas, em como gerar emprego. 

Por dentro

A Panasonic  informou que irá encerrar a produção de TVs e de caixas de som  no PIM, por questões de mercado. Mas, que deve manter outras linhas de produção funcionando como de microondas, itens da linha automotiva, componentes e outros segmentos. A saída vai impactar na dispensa de 130 funcionários, equivalente a perda de 5% no quadro de trabalhadores. Conforme a fabricante, a intenção é de, em um futuro próximo, aumentar a gama de produtos e de funcionários.

Outras empresas que atuaram na produção de TVs também anunciaram o encerramento e demitiram funcionários, ao exemplo da Philips e Sony, esta última demitiu cerca de 200 trabalhadores. Em anúncio mais recente, a sul-coreana LG comunicou o encerramento da produção de celulares no PIM. 

Nota

Segundo a nota divulgada à imprensa, a suspensão da produção de TV na Zona Franca de Manaus e no Brasil, faz parte de uma decisão de reposicionamento da marca no país, concentrando os esforços principalmente em refrigeradores e máquinas de lavar roupa, em Extrema – MG. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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