Com o propósito de tratar sobre integração comercial entre o Brasil e o Panamá, esteve em Manaus ontem, na sede da CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), a embaixadora do Panamá, Gabriela Carranza, que apresentou aos representantes de entidades ligadas ao comércio local e lojistas os benefícios da parceria. “Vim para participar da posse do superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e para buscar reforçar a participação dos empresários brasileiros no Panamá”, disse a representante do país.
A embaixadora destaca que por conta do Panamá possuir estabilidade econômica, política e social, posição geográfica privilegiada, zona franca, portos, pode facilitar a realização de negócios com os empresários amazonenses. “Gostaríamos que os empresários daqui fizessem parte desse crescimento também através da exportação e importação de produtos”, afirmou Gabriela Carranza.
Ela frisa que além do plano para o comércio o Panamá visa também atrair turistas ao país. Segundo a embaixadora, o relacionamento com o Amazonas é importante para dar início a uma grande integração entre os países, para o desenvolvimento das ideias que são de interesse do mercado, como um todo.
Para o presidente da FCDL-AM (Federeção das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas), Ralph Assayag, essa integração, em especial aos micros e pequenos empresários, será uma oportunidade para a realização de compras devido à proximidade do país. “Nós não temos condição de às vezes ir a China comprar um contêiner inteiro, mas nós temos condições de ir ao Panamá, são quatro horas de voo”, comentou.
Assayag disse acreditar que com essa parceria o Amazonas volte a ter a Zona Franca do passado, quando era voltada para o comércio, pois hoje é mais indústria. “Sendo feita a integração, levando a Brasília e mostrando as dificuldades que temos para fazer isso seria positivo para o comércio”, apontou.
De acordo com o presidente da CDL Manaus, Ezra Benzion, o primeiro passo para a integração será em março na Expocomer 2012, feira que acontece anualmente, no Panamá, e reúne compradores varejistas, atacadistas, distribuidores, representantes, lojistas e importadores de mais de 30 países das Américas, Europa, África e Ásia. “Através da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) a intenção é levar cerca de cem empresários para conhecer novas tendências, receber atendimento sobre exportação e fazer contatos”, disse.
Ele conta que se isso trouxer boas vantagens aos empresários em termo de flexibilidade e custo no frete será possível que o preço para o consumidor final seja barateado, facilitando assim a acessibilidade do produto às pessoas de baixa renda. “Para a minha surpresa a indústria está comentando que tem interesse de trazer componentes, mas poderemos também importar de tudo, desde comidas, brinquedos, vestuário etc.”, conclui o presidente da entidade, que disse acreditar que o produto venha para tirar emprego no país, “na realidade ele vem para agregar com o preço, a qualidade, algumas pessoas vão optar pelo importado enquanto outras pelo nacional, mas sempre vai ter a concorrência e isso vai contribuir para o barateamento dos produtos nacionais”, explica.
PANAMÁ – Brasileiros só têm a ganhar com negociação
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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