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Palocci não descarta redução da alíquota

O relator na Câmara dos Deputados da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga por mais quatro anos a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, deputado Antonio Palocci (PT-SP), informou ontem que no seu relatório recomendará a manutenção do imposto. Segundo ele, o Brasil não pode extinguir a contribuição de forma abrupta, sob pena de comprometer o equilíbrio das contas públicas.
“Se o país chegar à conclusão de que a CPMF é um imposto que não deve se tornar permanente, ele não pode ser extinto de uma hora para outra. Se abrir mão de R$ 40 bilhões de receita, o Brasil vai experimentar uma mudança no quadro macroeconômico para pior”, alertou Palocci, que foi ex-ministro da Fazenda no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Palocci admitiu, no entanto, que a redução gradual da alíquota – hoje de 0,38% – é uma hipótese que está sendo debatida, e garantiu que não irá rechaçá-la. “Só depois que receber todas as emendas vamos poder ter um relatório definitivo”, disse.
Palocci reconheceu que o imposto poderia ser mais eficiente se a alíquota fosse mais baixa do que a atual.

Desoneração da folha de pagamento

Segundo Palocci, a CPMF é uma boa contribuição e não deve ser elevada, sob pena de ter efeitos negativos na economia, principalmente no crédito. “Temos sempre que preservar uma contribuição como esta com alíquotas baixas, acredito que até mesmo mais baixas do que a que temos hoje, ao longo do tempo. Vamos ver se isso vai ser analisado neste momento”, disse.
Apesar de defender a redução da carga tributária e acreditar que a arrecadação positiva do país abre espaço para a redução de impostos, Palocci afirmou que há outros meios de favorecer o contribuinte. E citou a desoneração da folha de pagamento, que segundo ele “teria um impacto mais interessante” na economia brasileira do que a redução da CPMF.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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