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Países da Apec pedem câmbio flexível

Os ministros de Finanças da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) defenderam na sexta-feira uma taxa de câmbio flexível como forma de reduzir os desequilíbrios e a volatilidade na economia mundial.
“A flexibilização das taxas de câmbio e dos preços facilitarão os ajustes necessários”, disseram os ministros em um comunicado ao fim de um encontro na Austrália.
O ministros concluíram, após dois dias de debates, que a “ordenada redução dos desequilíbrios continua sendo uma prioridade” dos esforços para estabilizar os mercados. Por isso, recomendaram “esforços para aumentar a poupança nos Estados Unidos, reforçar o consumo na China, continuar com as reformas estruturais, inclusive a consolidação fiscal, no Japão, e promover investimentos na Ásia”. A Apec realizará em setembro em Sydney (na Austrália) sua cúpula anual, na qual serão apresentadas as recomendações dos ministros de Finanças.
“Na cena econômica existe uma instabilidade óbvia, como vimos recentemente nos mercados de valores e de divisas”, disse o chefe do Departamento do Tesouro australiano, Peter Costello.
A suposta desvalorização do yuan, que dá à China uma vantagem competitiva para manter o acelerado crescimento de suas exportações aos Estados Unidos e à Europa, foi outro foco da reunião. O ministro chinês, Jin Renging, defendeu a política monetária do seu país, afirmando que o governo deu uma certa flexibilidade ao yuan e que não cederá às pressões internacionais por mudanças.
“O maior problema para a China é manter o bom momento do seu crescimento econômico. As reformas deverão ser graduais e controladas”, disse Renging.
Já o ministro das Finanças da Coréia do Sul, Kwon Okyu, criticou a política monetária japonesa de manter o iene desvalorizado. Para ele, a taxa atual contribui para “aprofundar os desequilíbrios globais”. “Apesar da recuperação econômica e do enorme superávit do balanço de pagamentos do Japão, o iene está em baixa por causa do ‘carry trade’ (tomada de recursos a juros reais baixos para investir em países que oferecem maior rentabilidade, com retorno em outra moeda, como o euro ou o dólar)”, disse Kwon em nota. O “carry trade” é “uma ameaça em potencial para os mercados financeiros internacionais e exige uma reação global”, acrescentou.
Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), as correções introduzidas ao longo do ano nos mercados de crédito e a recente instabilidade financeira não causarão uma queda do índice global de crescimento econômico previsto para 2008, de 4,9% a 5,2%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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