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Pais subestimam sobrepeso dos filhos

Uma revisão de estudos publicada na revista Pediatrics revelou que dois terços dos pais subestimam o peso de sua prole. “O dado é preocupante, pois, em estado de negação, os pais não são capazes de reconhecer que seus filhos estão acima do peso, assim, eles não podem tomar as atitudes necessárias para prevenir ou tratar a obesidade”, avalia o pediatra Moisés Chencinski.
Para chegar aos dados finais da meta-análise, os pesquisadores revisaram dados de 121 estudos que incluíram mais de 80 mil estimativas de peso de crianças e adolescentes, entre 2-19 anos, feitas por seus pais. Mais da metade dos pais de crianças com sobrepeso e obesidade subestimaram o peso dos filhos, como também o fizeram cerca de 14% dos pais de crianças com peso normal. Os pais tinham maior probabilidade de subestimar o peso de crianças entre 2-5 anos.
Cientistas sugerem que os meios de comunicação apresentam uma imagem estereotipada de crianças com sobrepeso como severamente obesas e que isso distorce a compreensão dos pais. E há também os pais que simplesmente não acreditam que seus filhos possam estar acima do peso porque eles são fisicamente ativos e não têm problemas de saúde óbvios. “É nesses casos que o papel do pediatra é essencial, pois ele é o profissional de saúde indicado para corrigir a ‘falsa impressão dos pais’ e promover a adoção de hábitos saudáveis”, defende Chencinski.
O que as famílias
podem fazer
Sobrepeso e obesidade infantil são problemas de saúde significativos para as famílias e muitos pais se sentem angustiados com essa situação, não sabem por onde começar a ajudar os filhos. “No entanto, há muitas coisas que as famílias podem fazer para promover um estilo de vida mais ativo e saudável. Por exemplo, elas podem se concentrar na criação de um ambiente familiar que incentive e apoie as escolhas alimentares saudáveis; comunicar-se regularmente com seu pediatra para entender melhor o que significa o percentual do IMC (índice de massa corporal) e também unir-se à comunidade na defesa de lanches mais saudáveis nas escolas”, enumera Moisés Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo).

O que os pediatras
podem fazer
Para Chencinski, pais e pediatras podem formar uma parceria importante na prevenção de sobrepeso e obesidade. “É uma ótima ideia para os pais manterem um contato regular com o pediatra do seu filho sobre nutrição adequada e atividade física. Além disso, o pediatra deve informar aos pais quando a criança está em risco de excesso de peso ou quando já está acima do peso ou obesa. Trabalhando em equipe com o pediatra do filho, os pais poderão identificar as melhores formas para que a criança adote e/ou mantenha um estilo de vida ativo e saudável”, defende o médico.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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