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País reduz queima, mas produção cresce pouco

Com o gargalo entre oferta e demanda cada vez mais apertado, o país conseguiu reduzir a queima de gás natural nos últimos anos. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) indicam que, de janeiro a setembro, foram desperdiçados, em média, 4,68 milhões de metros cúbicos/dia de gás. O volume é 8,59% inferior à média de 5,12 milhões de metros cúbicos/dia verificada em igual período no ano passado.

O volume queimado diariamente representa aproximadamente 15% do volume que é importado diariamente da Bolívia. O Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil) transporta volume que oscila, atualmente, entre 28 milhões de metros cúbicos/dia a 30 milhões. Ao mesmo tempo, a produção média de gás natural aumentou apenas 1,64%, se­­­­­gun­­­­do a ANP. De janeiro a se­­­­tembro deste ano, foram produzidos, em campos nacionais, 49,14 milhões de metros cúbicos/dia do insumo. No mesmo período em 2006, a produção média de gás natural foi de 48,33 milhões de metros cúbicos/dia.

Média diária

A queima de gás natural vem tendo redução significativa ao longo desta década. Em 2001, a média diária de gás queimado, de acordo com a ANP, foi de 7,2 milhões de metros cúbicos. No ano seguinte, caiu para 5,9 milhões de metros cúbicos/dia, passando então para 4,5 milhões de metros cúbicos/dia em 2003. Em 2004, foi verificada nova queda, com a média diária ficando em 4 milhões de metros cúbicos, até que em 2005 pulou para 6,8 milhões de metros cúbicos. Em 2006 voltou a cair, para 5,07 milhões.
A Petrobras informou que busca reduzir ainda mais o desperdício, e para isso, já desenvolve estudos de novas tecnologias para reduções adicionais da queima de gás.

Tais tecnologias, se demonstradas técnica e economicamente viáveis, poderiam elevar os níveis estimados de aproveitamento do gás para algo em torno de 95%.

O Brasil possui, em descobertas, cerca de 452,8 bilhões de metros cúbicos de gás, das quais 331 bilhões de metros cúbicos já comprovadas. As reservas de gás brasileiras correspondem a 15% do total de reservas de petróleo e gás do país.

Leilão de biodiesel

Com um deságio médio de 22,3%, o maior alcançado nos sete leilões já realizados, sobre preço inicial, de R$ 2,40, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) concluiu na sexta-feira o sexto e o sétimo leilões de biodiesel, realizado com base nas diretrizes do MME (Ministério de Minas e Energia). Os 38 lotes, equivalentes a 380 milhões de litros de biodiesel foram arrematados por um preço médio de R$ 1,865.

A movimentação financeira foi de R$ 708,745 milhões. Onze das 27 empresas habilitadas que participaram do certame venderam biodiesel, que foi adquirido pela Petrobras (93%) e pela Refap (Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), localizada no Rio Grande do Sul. As empresas vencedoras estão localizadas nas cinco regiões do país.

Do volume total, o Nordeste foi responsável por 27,4% do biodiesel comercializado; o Centro-Oeste apresentou o mesmo percentual; o Norte teve 9,2%; o Sudeste, 14,5%; e a região Sul, 21,6%. Com isso, foi alcançado o objetivo do governo de garantir o suprimento do combustível para o primeiro semestre de 2008, quando a adição de 2% de biodiesel no diesel passa a ser obrigatória.

Em maio ou abril-, serão realizados outros dois leilões com cerca de 420 milhões de litros, que vão atender à demanda prevista para o segundo semestre de 2008.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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