O objetivo da Índia de atingir crescimento de 10% ao ano até 2011 é possível desde que haja reformas, sobretudo a do mercado de trabalho, a fiscal e a do ambiente das empresas, afirmou a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos).
Na segunda metade da década de 1980, as reformas reduziram “a intervenção e o controle do Estado sobre a atividade econômica, e o papel da empresa privada se desenvolveu”, constatou a OCDE, no relatório sobre as perspectivas econômicas da Índia.
“O crescimento anual da renda média aumentou e passou de 1,75% nas três décadas seguintes à independência para 7,5%”, acrescentou a organização. “O crescimento da produção potencial está estimado em 8,5% ao ano, e a Índia se tornou em 2006 a terceira economia mundial em igualdade de poder de compra”, atrás dos Estados Unidos e da China.
O PIB por habitante deve dobrar no espaço de uma década, apesar de ainda ser muito fraco: o país era o 107” entre 186 países em 2005, e o índice nacional de pobreza chegava a 22%.
“A reforma do mercado de trabalho é necessária também para acelerar o emprego fixo em relação ao emprego temporário: a parte das empresas dos dez assalariados ou mais no emprego total é na realidade inferior na Índia que em qualquer outro país da OCDE”, segundo o relatório.
Déficit comercial
O déficit comercial da Índia aumentou para US$ 5 bilhões em julho passado, um aumento de 25% a respeito do mesmo mês do ano passado, quando o déficit fora de US$ 4 bilhões.
As exportações cresceram em julho 18,52% (dado anualizado), para US$ 12,49 bilhões, enquanto as importações aumentaram 20,4%, para US$ 17,5 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela agência “PTI”.