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Pagamentos digitais crescem no Amazonas

O Amazonas está entre os Estados que apresentaram mais interesse em pagamento digitais (61,8%). Foram considerados os meses antes e durante a pandemia. Os dados foram coletados pela Cinnecta , startup de big data que faz parte do portfólio da Wayra , hub de inovação aberta da Vivo.

O levantamento mostra que houve aumento significativo no uso desses meios de pagamento após o início da quarentena. Esse nicho apresentou aumento de 30,7% no Brasil com um destaque para a região Norte que registrou um crescimento de 43,5%.

A demanda aos meios digitais como forma de pagamento no Amazonas é atribuída  ao  impacto do auxílio-emergencial para uma grande parte da população no Estado. “Em Japurá (AM), por exemplo, o percentual da população que recebeu o benefício foi de 76%. 

Mais da metade dos domicílios em todos os Estados da região Norte foram beneficiados com o programa do governo federal. O Amazonas figura na quinta posição entre os Estados brasileiros com maior percentual de domicílios que resgataram o auxílio”, avalia Ricardo Ferreira, CEO da Cinnecta.

Um dado interessante é que em fevereiro de 2020 a procura por serviços de pagamentos digitais no Amazonas era de 19,3%. Em dezembro, foi observado um incremento de 61,8% se comparado com o período pré-pandemia. 

Ele explica que desde que a pandemia estabeleceu limites à circulação das pessoas, comportamentos e hábitos de consumo sofreram mudanças, e adicionalmente às restrições de mobilidade, o auxílio emergencial do governo também impactou diretamente na evolução desse cenário de transformação digital. 

“Esse novo comportamento e inclusão às novas formas de pagamento abre um caminho com diferentes possibilidades de consumo e interação com o mercado, com mais comodidade e segurança. Muito embora aconteça uma provável redução nas transações digitais, os números serão superiores à realidade pré-pandemia. No nosso entendimento, essas transformações vieram para ficar”. 

A adesão por esse tipo de pagamento tem confirmado quanto a modalidade surge como alternativa em época em que o isolamento social tem ditado regras. Fato é que a substituição do dinheiro físico para o virtual amplia a segurança, abre possibilidades para o consumidor no mundo online, traz agilidade e facilidade, e em algumas modalidades, a isenção de taxas.

De acordo com o CEO, os setores que confirmam o cenário favorável são o entretenimento online, e-commerce, cartão de crédito e delivery. “O interesse da população brasileira por serviços de streaming de áudio e vídeo também aumentou, inclusive entre as classes mais baixas”. 

Em relação ao  e-commerce, as categorias comidas, bebidas e casa e móveis, por exemplo, lideraram o crescimento. Adicionalmente, o fato de que a digitalização reduziu o total de desbancarizados em 73%, também impulsionou o crescimento do mercado de serviços de pagamentos digitais.

“Por outro lado, as empresas também têm investido e inovado bastante para garantir sempre mais segurança e facilidade em suas transações”, comentou.

Segurança de dados

Existem várias formas de se realizar pagamentos online, para diversos negócios jurídicos firmados por meio digital. A forma de pagamento já deve ser algo com bastante atenção – PIX, transação bancária tradicional, cartão de crédito, Pic Pay, Pay Paw, Cripto Moedas – Bitcoin.

Apesar do boom no setor, é importante destacar sobre os cuidados ao embarcar nesse tipo de transação a avaliação é do advogado especialista  em Direito Digital, Aldo Evangelista.

“É necessário, educação digital nesse processo, ou seja, em analisar com cautela, com quem estou realizando o pagamento e o negócio jurídico; qual segurança da informação do site, ou do meio digital utilizado; ter atenção sobre quais dados meus estou disponibilizando, se eles são necessários ao negócio ou pagamento, e qual o tratamento será realizado com os meus dados. Pois, fornecemos dados e métodos”, aconselha.

A LGPS (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), está em vigor desde 18 de setembro de 2020, mas os arts. 52, 53 e 54 que são a parte sancionatória da Lei só entrarão em vigor em agosto deste ano. É uma forma de regular o tratamento dos dados que produzimos, dados de pessoas físicas, e as empresas precisam se adequar. 

Ele destaca que é importante que as pessoas físicas saibam do conteúdo que rege a Lei e exigir a sua aplicabilidade a todo o momento que fornecemos dados. Além disso, há a preocupação com a segurança da informação, na realização dos negócios digitais, pois é necessário verificar a reputação digital de quem estamos nos relacionando, se o site é seguro, para que não ocorra vazamentos de dados ou se ocorrer como serão mitigados. Dados esses que são negociais digitalmente na Deep Web.

Mesmo, assim caso você seja vítima, procure um advogado em direito digital, registre Boletim de ocorrência na Delegacia Civil, e dependendo do caso Procure o Procon e o site www.consumidor.gov

Saiba mais

Além do Amazonas, o Acre também apresentou essa evolução 53,7%. A escolha pelo pagamento nos Estados do Sudeste apresentaram aumento de 35,8%, seguido pela região Sul com incremento de 31,7%.

Por dentro

A plataforma da Cinnecta permite, por meio de inteligência de dados, conhecer melhor o consumidor. Recentemente, a startup fez um levantamento para entender como a mudança de comportamento da população brasileira durante a pandemia impulsionou a expansão dos meios de pagamentos digitais.

Durante a pandemia, os pagamentos digitais cresceram. Mas a gente lembra. Como você avalia essa tendência em paralelo a ausência de proteção das informações pessoais?

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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