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Oscar Niemeyer fará falta a um país cada vez mais sem traçado e sem magia

A exemplo de Albert Einstein, Jesus Cristo e Mahatma Gandhi, o brasileiro Oscar Niemeyer é um daqueles espíritos geniais e iluminados que deveriam viver pelo menos 500 anos. Ele deixou a Terra na noite de quarta-feira (5) aos 104 anos e legou à posteridade uma plêiade de obras das mais premiadas e respeitadas em todos os tempos.
Nós, amazonenses, devemos ao talento de Niemeyer o Memorial do Encontro das Águas, articulado na gestão do ex-prefeito Serafim Corrêa e que até agora, infelizmente, não saiu do papel. A propósito, seria de bom alvitre o governador Omar Aziz e o prefeito eleito Artur Neto atentarem para a relevância do Memorial e darem praticidade ao monumento arquitetônico que, com certeza, orgulhará o Amazonas.
O talento de Niemeyer, que conferiu poéticas curvas em concreto à paisagem urbana do Brasil, maravilhou o planeta inteiro. Apaixonado por futebol e por seu Fluminense, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho, amigo de Cândido Portinari, Villa-Lobos, Fidel Castro e Chico Buarque, fará falta a um Brasil carente de seres humanos com seu porte moral e sua arte e cultura inconfundíveis.
Com seu ousado e moderníssimo talento, Niemeyer criou o Itamaraty, o Alvorada, o Congresso, a Catedral, a Praça dos Três Poderes e uma série de outros prédios e monumentos espetaculares. Comunista convicto, o grande arquiteto foi vítima da perseguição implacável dos generais do Golpe Militar de 1964. Projetou a Universidade Constantine, na Argélia, e a sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos, sem contar a sede da editora Mondadori, em Milão, na Itália. Grande enviado de Deus.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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