A Polícia Rodoviária Federal identificou antes de qualquer pessoa ou instituição o perigo que representava o completo recapeamento da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista.
Os motoristas passaram a desenvolver maior velocidade, ultrapassar de forma equivocada, dar menos atenção aos perigos.
Não por acaso, a fiscalização foi intensificada. O posto desativado no quilômetro 117, logo após Presidente Figueiredo, foi reativado e as medidas educativas adotadas, principalmente as multas por infrações que parecem de somenos importância, mas podem ceifar vidas, como deixar de usar o cinto de segurança no banco traseiro e transportar passageiros a mais do que a capacidade do veículo.
Manaus foi sacudida nos últimos dias com a notícia do desaparecimento de um casal, que vinha de Boa Vista acompanhado do filho pequeno. O que era apreensão em torno de algum acontecimento violento transformou-se ontem na constatação de que algo aconteceu na pilotagem do carro que os conduzia, encontrado submerso em um lago à beira da pista.
De fato, o manauara não está acostumado a conduzir veículos por uma estrada tão longa – mais de 720 quilômetros – bem conservada. Nos últimos anos quem se dirigia a Boa Vista dedicava atenção total às normas de segurança, especialmente na reserva waimiri-atroari, onde a pista apresentava as maiores deformações.
Pois foi justamente neste trecho, hoje totalmente recapeado – um convite à velocidade – que se deu o acidente fatal, muito provavelmente ocasionado por uma manobra de emergência que conduziu o veículo para fora da pista, em direção ao lago que acabou servindo de túmulo provisório para a jovem família.
A tão reclamada reforma da pista demanda hoje dos motoristas muita prudência para evitar acontecimentos semelhantes. Afinal, o intenso movimento comercial entre as duas cidades exige que profissionais das mais diversas áreas usem a estrada como meio mais econômico e rápido para atender a chamadas de negócios, como foi o caso do pai de família que infelizmente perdeu sua vida e a dos dois familiares de forma trágica e inesperada.
Os perigos nas novas estradas do Amazonas
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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